19 novembro, 2009

Arquiteturas pedagógica

(Releitura da obra O grito de Edvard Munch, a paródia foi feita pelo chargista Gary Brookins)



    Na atividade 7 , do Seminário Integrador, nos foi proposto a identificação de elementos que constituem um trabalho diferenciado para posteriormente relaciona-los com o texto Arquiteturas Pedagógicas.

     Com base nos elementos constitutivos mais elencados pelo grande grupo, um novo desafio nos foi lançado, elaborar uma atividade a ser desenvolvida com nossos alunos. Proposta esta que deve considerar o texto lido e no mínimo três elementos constitutivos de um trabalho diferenciado.
     Meu grupo escolheu a arquitetura edição de imagem, nesta proposta iremos trabalhar a releitura de algumas obras.
     O trabalho com “Releitura de Obras” faz com que as crianças entrem em contato com o universo da arte de forma participativa; após apreciar e ter informações sobre determinada obra. Ao reproduzir esta obra, a criança desenvolve habilidades com: percepção, imaginação e amplia seu universo cultural.
     Nesta proposta vamos elencar os elementos, interação; momentos de troca e discussões acerca das pesquisas realizadas, investigação; ação que leva a busca do conhecimento, registro; anotações do processo da pesquisa, e por último, a autoria; interpretar a obra e colocar sua visão de mundo, suas críticas, sua linguagem e suas experiências sobre a obra escolhida.
     A releitura que estamos propondo é uma arquitetura, pois irá propiciar combinações de estratégias, dinâmica de grupo, softwares educacionais, voltadas para o favorecimento da aprendizagem. Além disso, a releitura da forma como será proposta irá requerer do aluno atitudes ativas e reflexivas a partir da sua produção.
     A arquitetura proposta tem como objetivo propiciar aprendizagem a partir da confluência de diferentes componentes: abordagem pedagógica, software educacional, internet, inteligência artificial, concepção de tempo e espaço.
     Nossa proposta é que o aluno construa uma metalinguagem da imagem, compreendo, interpretando, descrevendo, decompondo, para aprendê-la enquanto objeto a conhecer. E, a partir da apropriação do conhecimento desse objeto ele constrói representações e as interpreta.
     Esta arquitetura visa contribuir para a formação de um cidadão de capacidade crítica, com poder de emitir opiniões, juízos de valor e de atribuir significado. Mesmo porque a atribuição à leitura de imagens, tem um significado mais amplo do que a mera decodificação de códigos.

07 novembro, 2009

Pratica Pedagógica da Educação de Jovem e Adultos



     A prática pedagógica da EJA precisa valorizar as experiências e os conhecimentos acumulados que os alunos trazem para a sala de aula; pois a aquisição da aprendizagem está diretamente relacionada com o que faz parte do cotidiano; pois como disse Paulo Freire, “Educar é impregnar de sentido a nossa vida”.
     As aulas destinadas aos alunos jovens e adultos devem ser dinâmicas, pois depois de uma longa jornada de trabalho exaustivo o grau de concentração é baixíssimo. Além disso, deve haver uma sintonia entre a escola e os alunos que dele se servem, pois a falta dessa sintonia é responsável pelos autos índices de evasão e repetência nos programas de educação de jovens e adultos. Embora não possamos desconsiderar, a esse respeito, fatores de ordem socioeconômica que acabam por impedir que os alunos se dediquem plenamente a seu projeto pessoal de envolvimento nesses programas.
     O pensamento e linguagem dos alunos da EJA condizem com a condição familiar e relacional em que vive seu grupo social, onde há gírias e vocabulários próprios.
     No texto de Marta Kohl, Jovens e adultos como sujeitos de conhecimento e aprendizagem, a autora aborda a questão da homogeneidade desses sujeitos e de suas diferenças com relação a outros grupos culturais. Tal grupo se define como relativamente homogêneo ao agregar membros em condição de “não-crianças”, de excluídos da escola, e de pertinentes a parcelas “populares” da população pouco escolarizadas e inseridas no mundo do trabalho em ocupações de baixa qualificação profissional e baixa remuneração.
     De acordo com o texto a escola voltada à educação de jovens e adultos, é ao mesmo tempo um local de confronto de culturas e, como qualquer situação de interação social, um local de encontro de singularidades.

30 outubro, 2009

Planejamento


                                          
     No módulo 4, da interdisciplina de Linguagem e Educação, a proposta era elaborar um planejamento de aula, tendo com embasamento teórico a leitura obrigatória “Não há como alfabetizar sem método? “(TRINDADE, no prelo) e o material do power point.

     Esta foi uma das atividades mais prazerosas, pois está de acordo com a forma que trabalho em sala de aula. O diferencial está na estrutura do planejamento didático, pois há de ser considerado uma série de itens, que apesar de não nomeá-los na minha prática não os deixo de pôr em prática.
     Nos meus planejamentos procuro contemplar atividades que são fundamentais à aquisição do conhecimento e que são coadjuvantes da aprendizagem, seja uma atividade oral; escrita; jogos; produções textuais, entre outras tantas, seja em grupo; duplas; individual, etc.
     Na minha curta vivencia como educadora já me deparei com questionamentos relacionados ao planejar aulas, pois algumas colegas simplesmente chegam a sala de aula e abrem o livro e fazem o registro da atividade no quadro, ou então, simplesmente anotam as páginas do livro e pronto...Os que trabalham com planejamento são vistos como quem não tem coisa mais útil para fazer, pois ficam gastando seu tempo planejando aula.
     Infelizmente isso faz parte da cultura brasileira, fazer sem planejar.
     Pra mim, o planejamento, além de um roteiro de organização, dá uma idéia das dúvidas que poderão surgir, dos imprevistos que poderão ocorrer. Além disso, o planejamento dá suporte para os diversos rumos que aprendizagem possa tomar.
     Um planejamento didático deve ser feito de modo a articular uma teia de conhecimentos, onde uma matéria puxa a outra, onde se tenha uma seqüência nos conteúdos, pois, a continuidade é fundamental para uma aprendizagem significativa, por que um novo conhecimento nos remete a novos questionamentos, que nos levarão a novos conhecimentos e assim sucessivamente.

“sem a curiosidade que me move, que me inquieta, que me insere na busca, não aprendo nem ensino.” (Paulo Freire)

18 outubro, 2009

CURRÍCULO INTEGRADO


     O enfoque temático 2, da interdisciplinar de Didática , Planejamento e Avaliação, cuja temática é Currículo Integrado, tínhamos como objetivo identificar as influências dos modos de produção nos sistemas educacionais; compreender as origens das propostas do currículo integrado e exercitar o planejamento de uma atividade interdisciplinar.

     Neste enfoque discutimos os obstáculos da excessiva fragmentação do conhecimento disciplinar, além de pensarmos em possíveis alternativas a isso, entre elas o currículo integrado.
     De acordo com o texto As Origens da Modalidade de Currículo Integrado, de Santomé (1998), cada modelo de produção e distribuição requer pessoas com determinadas capacidades, conhecimentos, habilidades e valores; e sobre isto os sistemas educacionais têm muito a dizer.
    Segundo o autor, a instituição escolar sempre teve como objetivo preparar a juventude para incorporar-se e assumir as regras do jogo de um modelo de sociedade, de produção e relações de trabalho, traindo assim a sua principal razão de ser, que é preparar cidadãos para compreender, julgar e intervir em sua comunidade, de uma forma responsável, justa, solidária e democrática.
     A política de fragmentação da produção, taylorista e fordista, reforçava os sistemas piramidais e hierárquicos de autoridades, privava a classe trabalhadora de sua capacidade de decisão sobre o próprio processo de trabalho, sobre o produto, as condições e o ambiente de trabalho.     
     Perde-se, portanto, com a divisão do trabalho, a visão global do próprio trabalho e de sua importância social, o que se reflete na escola, com a criação das especializações que levam, fatalmente, à perda da visão global da educação e suas implicações com o contexto social mais amplo.
     Diante das crises dos modelos de produção taylorista e fordista e o surgimento de um novo modelo de gestão empresarial com base no toyotismo, que traz para a escola uma nova modalidade de gestão que adota a flexibilidade e importa a “qualidade total”. As novas necessidades educacionais impostas por este novo modelo de gestão e alta competitividade ocasionada pelos novos processos produtivos com base na flexibilização, é o responsável pelas políticas educacionais atuais, cuja ênfase se volta para o conhecimento, para habilidades e competências como condição de qualificação do novo trabalhador. Porém, sabemos que esta realidade está bem distante dos sistemas escolares, que continuam ensinando um saber de forma fragmentada.

17 outubro, 2009

Recontando histórias






     No módulo 3 da interdisciplina de Linguagem e Educação cuja temática é Práticas de Leitura, Escrita e Oralidade no Contexto Social,  nos foi proposto uma análise de uma narrativa gravada ou transcrita, de uma criança ou um adulto em fase inicial de escolarização. Análise esta embasada a partir do texto Tem um monstro no meio da história (GURGEL, 2009), do áudio e do vídeo.


     Realizei a atividade com meu sobrinho de 4 anos de idade, que recontou uma história que gosta muito, a dos três porquinhos. Porém os nomes dos porquinhos foram diferentes, pois apesar de sua mãe ter contado a história com os nomes originais desses personagens, seu pai, por não lembrar dos nomes, inventou outros, no entanto, foram estes que ficaram registrados na mente do meu sobrinho.
     Na narrativa foi possível identificar o elemento da dramatização que segundo Lélia Erbolato Melo, linguista da Universidade de São Paulo (USP), é incorporado pelos pequenos no contato com narrativas. Essa dramatização foi identificada nos movimentos que meu sobrinho fazia com os bichos de pelúcia, como se estes fossem marionetes, nas vozes que imitava, na presença de diálogos entre os personagens, porém, foi a partir do embasamento teórico que houve a possibilidade de identificar estes elementos significativos numa simples narrativa de uma criança de apenas 4 anos de idade.
     Apesar de não ter concluído a história, meu sobrinho demonstrou que, essa narrativa de expressão obedece a uma lógica interna e uma seqüência temporal.
     No vídeo “Pensamento Infantil – A narrativa de criança”, a educadora Monique Deheinzelin explica que a narrativa de uma criança é uma brincadeira, que na verdade todas as ações das crianças nesse período podem ser chamadas de faz de conta, mas que isso não quer dizer que o faz de conta não seja um trabalho expressivo, um trabalho de criação, um trabalho intelectual. Pois, a narrativa da criança obedece a certa exigência de lógica interna, que não é da lógica do adulto que da lógica da criança.

     Monique comenta que a criança mistura os fatos da realidade e, às vezes, uma narrativa do cotidiano; uma situação de roda e até mesmo quando conta um passeio de final de semana, entrevêem vários outros elementos que aparentemente não tem a ver com aquele passeio, o que a gente tem como resultado é uma tradução muito forte, muito afetiva da experiência da criança, do que se ela se mantivesse só nos dados da realidade.
     A educadora ainda comenta que, nós os adultos que temos dificuldade de aceitar, de entrar na interpretação e, de entender que a atitude da criança é sincrética, tudo ao mesmo tempo agora. A que, a criança tem muito claro o que é o plano de experiência diária cotidiana e o que está no plano da imaginação, apesar de confundidos na sua narrativa.
    Uma vez por semana os alunos da escola que leciono participam da hora do conto, evento que ocorre na biblioteca da escola.
   Ao retornar à sala de aula, faço exploração oral sobre a história, eles gostam muito disso, mas um fator que sempre me chamou atenção é que nem sempre eles recontam a história da mesma forma, enquanto uns omitem fatos, outros acrescentam.

27 setembro, 2009

Cultura surda e comunidade surda



     Um dos tópicos da atividade 1, da interdisciplina Língua Brasileira de Sinais – Libras, é sobre os aspectos da cultura surda, que é o jeito de o sujeito surdo entender o mundo e de modificá-lo a fim de se torná-lo acessível e habitável ajustando-os com as suas percepções visuais, que contribuem para a definição das identidades surdas e das “almas” das comunidades surdas.         
     Isto significa que abrange a língua, as idéias, as crenças, os costumes e os hábitos de povo surdo.

     Cultura surda e comunidade surda são dois aspectos distintos entre si, pois o primeiro diz respeito apenas ao sujeito surdo, porem o segundo não, há também sujeitos ouvintes, membros de família, intérpretes, professores, amigos e outros, que participam e compartilham os mesmos interesses em comuns em uma determinada localização.
     Para a comunidade surda, o deficiente auditivo não participa de Associações e não sabe LIBRAs. O surdo é aquele que tem a LIBRAS como sua língua.

      Um pouco da história dos surdos:
     A história dos Surdos registra os acontecimentos históricos dos surdos, como grupo que possui uma língua, uma identidade e uma cultura.
     Ao longo das eras, os Surdos travaram grandes batalhas pela afirmação da sua identidade, da comunidade surda, da sua língua e da sua cultura, até alcançarem o reconhecimento que têm hoje, na era moderna.
     Foi na Idade Moderna que se distinguiu, pela primeira vez, surdez de mudez. A expressão surdo-mudo deixou de ser a designação do Surdo.
     Pedro Ponce de León inicia, mundialmente, a história dos Surdos, tal como a conhecemos hoje em dia. Para além de fundar uma escola para Surdos, em Madrid, ele dedicou grande parte da sua vida a ensinar os filhos Surdos, de pessoas nobres, nobres esses que de bom grado lhe encarregavam os filhos, para que pudessem ter privilégios perante a lei (assim, a preocupação geral em educar os Surdos, na época, era tão somente econômica). León desenvolveu um alfabeto manual, que ajudava os Surdos a soletrar as palavras (há quem defenda a idéia de que esse alfabeto manual foi baseado nos gestos criados por monges, que comunicavam entre si desta maneira pelo fato de terem feito voto de silêncio).
     Nesta época era costume que as crianças que recebiam este tipo de educação e tratamento fossem filhas de pessoas que tinham uma situação econômica boa. As demais eram colocadas em asilos com pessoas das mais diversas origens e problemas, pois não se acreditava que pudessem se desenvolver em função da sua "anormalidade".
     Atualmente, os estudos se lançam na luta contra a interpretação da surdez como deficiência, contra a visão da pessoa surda enquanto indivíduo deficiente, doente e sofredor, e, contra a definição da surdez enquanto experiência de uma falta. Conforme, Wrigley (1996, p. 12) “Os surdos, enquanto grupo organizado culturalmente, não se definem como “deficientes auditivos”, ou seja, para eles o mais importante não é frisar a atenção sobre a falta/deficiência da audição - os surdos se definem de forma cultural e lingüística.”

23 setembro, 2009

Falamos, escrevemos e lemos do mesmo jeito.




     Atualmente, grande maioria dos adolescentes e alguns adultos, usuários da internet, utilizam uma linguagem cifrada, nos populares serviços de trocas de mensagens instantâneas, como o MSN; orkut  e outros. Hoje em dia, as pessoas têm pressa, por isso acharam uma maneira rápida, econômica e eficiente de se comunicar e conseqüentemente trouxeram a tona uma mudança na escrita. 
     Para os mais “antigos”, essa nova forma de escrita é um crime contra o português, para os mais jovens é uma questão de praticidade.
Essas novas formas vêm com as novas tecnologias, pois toda vez que instrumentizam o homem há mudanças, e nós temos que nos familiarizar com os novos tempos.
       Outra questão que influencia na linguagem é a região que pessoa nasceu, pois o dialeto varia de região para região, são as variedades lingüísticas que desestabilizam a idéia de “uma” língua padrão.

14 setembro, 2009

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NO BRASIL




Neste semestre do PEAD, teremos a interdisciplina EJA, cuja emenda é: 

O sujeito jovem e adulto em suas diferenças e especificidades: análise de discurso e observação de práticas cotidianas; estudo e aprofundamento de relações que considerem as questões teórico-práticas voltadas para a Educação de Jovens e Adultos (EJA). De acordo com o Parecer CEB nº 11/2000, a Educação de Jovens e Adultos (EJA) representa uma dívida social não reparada para com os que não tiveram acesso a e nem domínio da escrita e leitura como bens sociais, na escola ou fora dela, e tenham sido a força de trabalho empregada na constituição de riquezas e na elevação de obras públicas. Ser privado deste acesso é, de fato, a perda de um instrumento imprescindível para uma presença significativa na convivência social contemporânea. 

A EJA possui as seguintes funções: 

Função reparadora: Que não se refere apenas à entrada dos jovens e adultos no âmbito dos direitos civis, pela restauração de um direito a eles negado, o direito a uma escola de qualidade, mas também ao reconhecimento da igualdade ontológica de todo e qualquer ser humano de ter acesso a um bem real, social e simbolicamente importante.

Função equalizadora: Relaciona-se à igualdade de oportunidades, que possibilite oferecer aos indivíduos novas inserções no mundo do trabalho, na vida social, nos espaços da estética e nos canais de participação. A eqüidade é a forma pela qual os bens sociais são distribuídos tendo em vista maior igualdade, dentro de situações específicas. Nessa linha, a EJA representa uma possibilidade de efetivar um caminho de desenvolvimento a todas as pessoas, de todas as idades, permitindo que jovens e adultos atualizem seus conhecimentos, mostrem habilidades, troquem experiências e tenham acesso a novas formas de trabalho e cultura. 

Função qualificadora: Se refere à educação permanente, com base no caráter incompleto do ser humano, cujo potencial de desenvolvimento e de adequação pode se atualizar em quadros escolares ou não-escolares. Mais que uma função, é o próprio sentido da educação de jovens e adultos. Em poucas palavras, as principais funções da EJA é reparar uma dívida inscrita em nossa história social e na vida se tantos indivíduos, igualar as oportunidades e propiciar a todos a atualização de conhecimento por toda a vida.

11 setembro, 2009

O menininho


    O texto O menininho “fala” sobre o papel do professor em relação ao ato imaginativo do aluno a suas conseqüências na criatividade, no pensamento criador, na auto-expressão.
    É por meio da arte que o ser humano pode se expressar de forma inteira, completa, o que pensa e sente, não só com palavras ou ações, mas também através de seu corpo, cantando, dançando, pintando, representando, experimentando, inventando histórias, modelando, enfim, uma visão individual do mundo. É por meio da arte, também, que a criança reelabora a realidade, tentando entender e trabalhar seus próprios conflitos.
    Infelizmente muitos professores restringem suas aulas somente à pintura e a colagem de desenhos prontos. Tipo de trabalhos onde não está presente a criatividade da criança, pois neles não existe espaço para a criança expressar-se desenhando, cantando, modelando, representando, etc.
    Para Viktor Lowenfeld(1977, p. 29), a criança condicionada a determinado modelo sempre se mantém na expectativa de que se lhe apresente o modelo que deve seguir. Quando é retirado, a criança sente-se perdida e sem confiança para usar independentemente, sua imaginação.
    Outro fator que desencoraja o aluno a usar sua capacidade de criar é quando percebe que suas produções não estão agradando a seus pais e professores, então ele pára de criar, passando a copiar modelos ou mesmo produções de outras crianças na tentativa de ser aceita.
     Cabe a nós professores criar uma atmosfera de confiança e encorajamento para que as crianças possam expressar-se, descobrir-se, trocar experiências, ter confiança em si mesma.

01 setembro, 2009

SEMINÁRIO INTEGRADOR VII


No dia 26 de agosto, tivemos nossa primeira aula presencial do Seminário Integrador VII.
Nos foi proposto atividades disparadoras, que seriam desenvolvidas em grupos, num determinado tempo estipulado pelas professoras da interdisciplina.
Eram duas propostas, a ao final de cada uma delas, faríamos uma discussão oral, teórica, sobre os resultados obtidos.
Meu grupo G2b , ficou com a proposta 2, cujo objetivo era mobiliar uma casa, dois dormitório; sala; cozinha e banheiro, cujos moradores seriam dois adultos, com a quantia de R$10.000,00,
Nesta atividade assumimos o papel de Sherlock Holmes, pois tínhamos uma missão pela frente, que usaríamos a dedução para obter uma conclusão a respeito de uma determinada hipótese.
O grupo se empenhou o máximo, cada um contribuía com sugestões, até que chegamos a conclusão que, a casa seria habitada por um jovem casal, em início de vida a dois. A partir daí, foi aquela correria , como atividade “disparadora”, não poderia ser diferente, tínhamos que gastar o dinheiro, de acordo com os interesses e necessidades do casal.
O resultado foi fantástico, pois mobiliamos toda a casa e ainda sobrou dinheiro para comprar alguns acessórios para o lar.
Porém, o mais interessante, no meu ponto de vista, foi a idéia que surgiu a partir dessa dinâmica, pois estou trabalhando sistema monetário com meus alunos. Vamos montar um supermercado, onde alguns alunos serão os clientes e outros os vendedores, ambos terão que cumprir uma missão, como por exemplo, os clientes farão suas compras de acordo com suas necessidades e interesses, tendo um valor determinado que será o mesmo para todos. Aos vendedores caberá a missão de proporcionar as melhores ofertas, tendo em conta que, os preços serão tabelados, dessa forma, deverão oferecer prazos mais longos ou taxas reduzidas, porém não devem esquecer que devem lucrar mais que seus concorrentes. (idéia não concluída).
Já arrecadamos vários encartes, os produtos serão recortados e separados, pois faremos varias estandes, como por exemplo, farmácia, bazar, mercearia, açougue, etc.
Esta atividade terá como principal objetivo o trabalho cooperativo e estratégico, cooperativo; pois cada cliente (aluno) tomará decisão de acordo com a escolha da maioria de seu grupo, estratégico; pois ambos os grupos terão que priorizar os interesses e necessidades, de acordo com os valores que receberão.
Minha tarefa nesse projeto é de apontar caminhos, para que os alunos possam caminhar com seus próprios pés.




19 julho, 2009

Avaliação Oral - VI semestre

Final de semestre...Mais uma etapa concluída!

Mais um semestre se foi, nem acredito que já se passaram seis semestres, parece que foi ontem que ingressei na UFRGS.

Nesse semestre, as interdisciplinas do eixo VI foram:

  • Seminario Integrador VI.
  • Filosofia da Educação.
  • Educação de Pessoas com Necessidades Especiais.
  • Questões Étnico-raciais na Educação.
Na interdisciplina do Seminario Integrador VI, demos continuidade aos trabalhos prático-teóricos com Projetos de Aprendizagem. Na interdisciplina Filosofia da Educação, foram abordadas as temáticas; Pensamento crítico, Compreensão crítica da moralidade, Concepções filosóficas do ser humano e problemas de filosofia da educação. Na temática do pensamento crítico desenvolvemos noções de argumentação. na compreensão crítica da moralidade, os aspectos formais do juízo moral. Na concepção filosófica do ser humano, as noções de antropologia filosófica. E por fim, na teoria filosófica da educação, vimos os conceitos e problemas de filosofia da educação. A interdisciplina Educação de Pessoas com Necessidades Especiais nos possibilitou uma breve análise histórica sa educação especial. A LDBEN 1996 e a inclusão dos alunos com necessidades educacionais no ensino regular. Os avanços na legislação brasileira e as dificuldades estruturais no contexto do ensino no país. Conceitos e princípios pedagógicos da educação inclusiva: principais conceitos; a identificação do aluno com necessidades especiais; o processo de ensino-aprendizagem com alunos com necessidades especiais; as adaptações curriculares de pequeno e grande porte; avaliação, progressão e terminalidadeescolar; a inserção no trabalho. A interdisciplina Questões Étnico-Raciais na Educação: sociologia e História nos possibilitou o entendimento de raça e etnia na educação, contextualizando os movimentos e grupos étnicos e raciais nos diferentes tempos e espaços, com ênfase no estudo ds questões afro e indígenas no Brasil e no rio Grande do sul. Realizamos leituras e reflexões teórico-práticas que nos possibilitaram a compreesão da diversidade étnico-racial na complexidade sociaç em que cada um se insere e se constitui, individual e coletivamente. Para encerrar com chave de ouro o semestre, realizamso o Workshop - Avaiação Final, cujo foco principal de análise foi a reflexão-síntese sobre as aprendizagens desenvolvidas nas interdiciplinas e sua reflexão no cotidiano escolar.

19 junho, 2009

Desenvolvimento moral

No livro "O Julgamento Moral da Criança", Piaget discorreu sobre a importância sobre a importância da moralidade da autonomia. Autonomia significa ser governado por si próprio. É o contrário de heteronomia, que significa ser governado por outrem. Sobre a autonomia moral, Piaget afirma que, para pessoas autônomas, as mentiras são ruins, independentemente do fato da pessoas serem descobertas ou não. Em condições ideais a criança torna-se progressivamente mais autônoma à medida em que cresce e , ao tornar-se mais autônoma, torna-se menos heterônoma. Ou seja, à medida que a criança torna-se apta a governar-se, ela é menos governada por outras pessoas. De acordo com Piaget, são raros os adultos verdadeiramente morais. Esta observação pode ser confirmada em nossa vida diária. os jormais estão cheios de histórias sobre corrupção no governo e sobre roubos, assaltos e assasinatos. Sobre o que é que permite que algumas crianças se tornem adultos moralmente autônomos, a resposta de Piaget é de que, os adultos reforçam a heteronomia natural das crianças quando usam recompensas e castigos, estimulam o desevolvimento da autonomia quando intercabiam pontos de vista com as crianças. A essência da autonomia é que as crianças tornem-se aptas a tomar decisões por si mesmas. Mas a autonomia não a mesma coisa que a liberdade completa. a autonomia significa levar em consideração os fatos relevantes para decidir agir da melhor forma para todos. Conforme Piaget, não pode haver moralidade quando se considera apenas a próprio ponto de vista. Quando uma pessoas leva em consideração os pontos de vista das outras, não está mais livre para mentir, quebrar promessas e ser leviano. De acordo com Piaget, as crianças adquirem valores morais não por internalizá-los ou absorvê-los de fora, mas por construí-los interiormente, através da interação com o meio ambiente. Segundo Piaget, a autonomia com finalidade da educação implica uma nova conceituação de objetivos. E há uma enorme diferença entre uma resposta correta produzida autonomamente com convicção pessoal e uma produzida heteronomamente por obediência. Da mesma forma que há uma enorme diferença entre um "bom" comportamento escolhido autonomamente e um "bom" comportamento realizado através da conformidade cega. Piaget afirma que, ao enfocar a autonomia da criança, podemos bem animar o desenvolvimento das crianças com velhos valores, tais como a amor pelo estudo e auto-disciplina. As crianças respeitam asa regras que elas fazem para si próprias. Elas também trabalham com mais empenho para atingir metas que elas colocam para elas mesmas. A autonomia como finalidade da educação é, num certo sentido, uma nova idéia que revolucionará a educação.

09 junho, 2009

Os índios no Brasil

De acordo com as Nações Unidas, de 1986, a definição dos povos indígenas, são aqueles que, contando com uma continuidade histórica das sociedades anteriores à invasão e à colonização que foi desenvolvida em seus territórios, consideram a si mesmos distintos de outros setores da sociedade, e estão decididos a conservar, a desenvolver e a transmitir às gerações futuras seus territórios ancestrais e sua identidade étnica. De acordo com os próprios indígenas as autodefinições são:
  • Continuidade histórica com sociedade pré-colonial.
  • Estreita vinculação com o território.
  • Sistemas sociais, econômicos e políticos bem definidos.
  • Língua, cultura e crença definidas.
  • Identificar-se como diferente da sociedade nacional.
  • Vinculação ou articulação com a rede global dos povos indígenas.
Segundo dados do IBGE, hoje a população está reduzida a pouco mais de 700.000 índios em todo o Brasil, estes índios contabilizados são os índios reconhecidos oficialmente, os residentes nas cidades ou em terras indígenas ainda não demarcadas ou reconhecidas, porém estão fora desses dados os denominados “índios isolados”, ou índios ainda em via de reafirmação étnica após anos de dominação e repressão cultural. De acordo com os dados da FUNASA, essa população indígena está dispersa por todos o território brasileiro, sendo que na região Norte concentra-se o maior contingente populacional indígena. Os povos indígenas brasileiros de hoje são sobreviventes e resistentes da história de colonização européia, estão em franca recuperação do orgulho, da auto-estima identitária e buscam consolidar um espaço digno na história e na vida multicultural do país. Devido aos sentidos pejorativos da denominação indígenas, resultado de todo processo histórico e de discriminação e preconceito contra os povos nativos na região, como, por exemplo, ser sem cultura, sem civilização, incapaz, selvagem, preguiçoso, traiçoeiro, romântico, etc, os povos indígenas brasileiros concluíram que era importante manter, aceitar e promover a denominação genérica de índio ou indígena, como uma identidade que une, articula, visibiliza e fortalece todos os povos originários do atual território brasileiro, principalmente para demarcar fronteiras étnicas e identitária entre eles. Então de pejorativo, a denominação, passou a uma marca identitária capaz de unir povos historicamente distintos e rivais na luta por direitos e interesses comuns. É notório que, enquanto a denominação índio ou indígena era negada pelos povos indígenas por ser pejorativa e desqualificadora, as identidades étnicas particulares também eram negadas ou reprimidas. Após 500 anos de massacre, escravidão, dominação e repressão cultural, hoje, os povos indígenas, respiram um ar menos repressivo, o suficiente para que eles possam reiniciar e retomar seus projetos sociais étnicos e identitários. Culturas e tradições estão sendo resgatadas, revalorizadas e revividas. Terras tradicionais estão sendo reivindicadas, reapropriadas ou reocupadas pelos verdadeiros donos originários. Línguas vêm sendo reaprendidas e praticadas na aldeia, na escola e nas cidades. Rituais e cerimônias tradicionais há muito tempo não praticadas estão voltando a fazer parte da vida cotidiana dos povos indígenas nas aldeias ou nas grandes cidades brasileiras. Apesar disso, o povo indígena tem o desejo de fazer parte da modernidade, não abdicando suas origens, suas tradições e modos de vida próprios, mas por intermédio de uma interação consciente com outra culturas que leve à valorização de si mesmo. Apesar de todas as conquistas que, de alguma forma contribuem para a recuperação do orgulho étnico e a reafirmação da identidade indígena, ainda existem preconceitos contra os índios, muitos deles provenientes da cultura diferente desse povo, esses preconceitos servem, como justificativa para a discriminação e extinção dos índios. O professor deve ser o mediador promovendo ações que valorizem as diferentes etnias e culturas. Ele deve propiciar aprendizagem para que os alunos repudiem todo e qualquer tipo de discriminação, seja ela baseada em diferenças de cultura, raça, classe social, nacionalidade, entre outras tantas.

06 junho, 2009

Educação após Auschwitz


Auschwitz, foi o maior campo de concentração estabelecido pelo regime nazista. Nele havia campos onde os prisioneiros eram distribuídos para fazer trabalho forçado por longo tempo, e um deles também funcionou como campo de extermínio.
Auschwitz é incomparável a qualquer barbárie anterior registrada na história da humanidade, então se pergunta: como o ser humano foi capaz de fazer isso?
O que aconteceu em Auschwitz mudou as noções de barbárie que a humanidade conheceu ao longo da história e mostrou, objetivamente, do que o ser humano é capaz.
De acordo com o texto “Educação após Auschwitz”, o processo educacional deveria ter como objetivo principal o trato a esse problema para poder esclarecer e criar condições para que todos saibam como e por que a barbárie Auschwitz aconteceu e quais as condições poderiam fazer com que ela voltasse a ocorrer. Conforme Adorno, a sociedade em geral e educação em partícula não têm dado atenção ao tema como deveriam. Na sua opinião esse é um problema a ser pensado por que afeta o presente e precisa ser tratado como uma análise do próprio presente, como uma análise das condições de produção da barbárie e de sua reprodução.
Desse modo, a educação deveria ser guiada pelo não esquecimento de que alguma coisa terrível aconteceu a pode voltar acontecer se não for tratada como um problema presente. Essa é a função da educação: relembrar o passado, formar o presente, para prevenir o futuro.