11 dezembro, 2010

Final de PEAD

Iniciei este curso, PEAD/UFRGS, em 2006, deste então venho utilizando o Blog como um diário de minha trajetória.

No início foi complicado, pois eu não tinha nenhum conhecimento desta ferramenta, mas pela proposta deste curso à distância eu tinha a nítida impressão que a minha relação com a tecnologia iria ser boa, não digo harmoniosa, pois, de vez em quando eu tinha vontade de mandar tudo pelos ares, mas uma relação de muita aprendizagem.
A cada postagem era um novo elemento inserido ao Blog, uma foto, um vídeo, um hipertexto, entre outros.
Era tarefa obrigatória do Seminário Integrador, alimentar constantemente este espaço, com postagens reflexivas relevantes acerca das interdisciplinas do curso.
“Postagens densas, profundas, relatos de práticas com detalhes e argumentos no sentido dos resultados e da escolha das estratégias, considerações acerca de mudanças na vida pessoal e profissional; posicionamentos inovadores e firme postura de crescer e aprender...” eram as orientações quase que exaustiva de nossas queridas e competentes professoras, Iris e Bea, durante todos estes quatro anos e meio de PEAD.
Foi muito significativo aprender sobre esta ferramenta, o Blog, mas a aprendizagem tecnológica que adquiri ao longo deste curso foi muito importante, tanto na minha vida pessoal; se comunicar com amigos pelo e-mail; facebook; orkut; MSN, quanto na profissional; wiki e blog dos alunos; power pont, entre outros. Aprendi orientar os alunos com mais precisão, quanto ao uso de alguns recursos do computador, e também ser mais flexível para aceitar orientação dele acerca de alguma ferramenta do computador. Pois eles sabem muito mais do a gente imagina...
Quanto a minha aprendizagem profissional, quem mais saiu ganhando foram meus alunos, pois minhas aulas nunca mais foram as mesmas, seja com o uso dos recursos tecnológicos ou não.
E as postagens do Blog são testemunhos desse crescimento, pois nele faço menção de parte desta trajetória, digo parte, pois nem sempre consegui manter minhas postagens em dia.
Deixo nesta postagem o registro de agradecimento a todos que passaram pela minha vida e que contribuíram de alguma forma para que eu chegasse ao final dessa jornada, que contribuíram para o meu crescimento pessoal e profissional.

30 novembro, 2010

Eixo VIII

"Nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia."

Lulu Santos / Nelson Motta



Esta foi a frase de abertura do pbworks do Seminário integrador VIII, do PEAD/UFRGS, frase que resume em poucas palavras as expectativas de todos nós, alunos e professores. Que, na reta final de um curso repleto de aprendizagens é chegado o momento de por em prática o que aprendemos, é o estágio e suas vinculações com o aprendizado no curso.
Neste semestre desenvolvemos o Estágio Curricular Supervisionado, momento culminante do curso, com uma proposta inovadora de colocarmos em prática as arquiteturas pedagógicas.
E não podia ser diferente, pois este é um curso a distância, o primeiro curso participante do Programa de Formação Inicial para Professores em Exercício no Ensino Fundamental e no Ensino Médio. Curso que nos proporcionou o uso de diferentes tecnologias, computador; internet; máquina digital; vídeo; blogs, wikis, etc.
O diferencial do Projeto de Estágio foi a inclusão da Arquitetura Pedagógica, almejando a busca de alternativas diferentes para solucionar problemas e facilitar o incremento da criatividade docente.

Eixo VII

NARRATIVAS

No módulo 3 da interdisciplina de Linguagem e educação, nos foi solicitado uma análise de uma narrativa gravada ou transcrita, de uma criança ou um adulto em fase inicial de escolarização. Realizei esta atividade com meu sobrinho de 4 anos de idade, apesar da narrativa ser uma ficção, em alguns momentos ela se misturava com a realidade.

Durante este eixo, esta atividade foi muito significativa em termos de aprendizagem, pois nos proporcionou uma visão diferente das narrativas das crianças. Nos fez verificar que para as crianças é comum “misturar” ficção e experiências vividas e que este recurso deve ser encarado como um dos elementos importantes para o desenvolvimento cognitivo e afetivo dos pequenos.
Para minha prática pedagógica esta experiência foi muito válida, pois a partir de então comecei a analisar de forma diferente as narrativas dos alunos e refletir sobre as intervenções necessárias, como por exemplo, o “jogo de contar”, situação de aprendizagem que envolve um diálogo entre o narrador (aluno) e o interlocutor (professor).
A narrativa infantil é um evento de grande riqueza de informações, pois é uma forma de expressar os sentimentos elaborados por eles, basta que nós educadores tenhamos a competência para realizar esta análise.
"A criança brinca com sua realidade, extravasando-a para experimentar outros papéis e situações", diz Gilka Girardello, professora do Centro de Educação da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

21 novembro, 2010

LIBRAS


No eixo VII, tivemos a interdisciplina Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS, e tivemos oportunidade de conhecer algumas características das comunidades surdas. Comunidades que possuem cultura própria, que abrange e língua; as idéias; as crenças; os costumes e os hábitos, fatos que muitas pessoas ainda ignoram.

Foi muito significativo ter acesso a algumas informações sobre esta comunidade, que muitas pessoas ainda atribuem denominações inadequadas, como deficiente auditivo, surdo ou surdo mudo. Para esta comunidade, o fato de uma pessoa ser surda não significa que ela seja muda. Para eles o deficiente auditivo não participa de Associação e não sabe LIBRAS, e que é na posse desta língua que o sujeito surdo constrói a identidade surda, já que ele não é sujeito ouvinte.
Aprendemos algumas técnicas para estabelecer uma boa comunicação com uma pessoa surda, mesmo sem ter conhecimento da Língua Brasileira de Sinais, como por exemplo, conversar com o surdo olhando em seus olhos, chamar sua atenção através de um leve toque no ombro ou no braço dela, entre outras.
Em fim, aprendemos a respeitar e valorizar uma cultura de uma comunidade que possui sua linguagem própria, seus valores, regras de comportamento e tradições.
Como educadores temos que se apropriar de conhecimentos que nos auxiliem a entender os educandos que recebemos, seja ele de qualquer cultura, raça, gênero e credo. E principalmente fomentar atitudes de não-discriminação entre os alunos.

Seminário Integrador VII

Na aula presencial do Seminário Integrador do Eixo VII, do PEAD, fomos desafiados a investigar algumas situações, como por exemplo, a partir de alguns elementos de um lixo inorgânico, teríamos que descobrir o sujeito que o gerou. Ou, a partir de uma planta de uma casa, teríamos que cogitar a quantidade possível de moradores, e mais, a partir de uma determinada quantidade em dinheiro teríamos que mobiliar esta casa. Em fim, foram duas propostas que nos desafiaram a criar hipóteses, buscar evidências e argumentar.

Baseados em nossas evidências e nas experiências, elaboramos algumas teorias, as nossas concepções ingênuas, em fim tentamos estruturar o que estava a nossa disposição, seja o lixo ou a planta da casa.
Para confrontar nossas idéias ingênuas participamos do fórum, onde nossas concepções foram discutidas e com a leitura de alguns textos disponibilizados, nossas idéias foram desequilibradas (no sentido piagetiano). Sendo assim, passamos a duvidar de nossas idéias pré-concebidas abrindo espaço para a escuta real e para uma nova reconstrução.
Concluindo, tivemos a oportunidade de aprender como ensinar a valorizar os conhecimentos prévios dos alunos para dar andamento a uma possível mudança conceitual.

08 novembro, 2010

Eixo VI

Na interdisciplina de Educação de Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais do VI Eixo do PEAD, fizemos uma breve análise histórica da educação especial. A LDBEN 1996 e a inclusão dos alunos com necessidades educacionais no ensino regular. Os avanços na legislação brasileira e as dificuldades estruturais no contexto do ensino no país. Conceitos e princípios pedagógicos da educação inclusiva: principais conceitos; a identificação do aluno com necessidades especiais; o processo de ensino-aprendizagem com alunos com necessidades especiais; as adaptações curriculares de pequeno e grande porte; avaliação, progressão e terminalidade escolar; a inserção no trabalho.

Numa das postagens do Blog, intitulada EDUCAÇÃO ESPECIAL , faço uma síntese do texto História, Deficiência e Educação Especial, de Arlete Aparecida Bertoldo Miranda, onde a autora relata a trajetória das pessoas portadoras de necessidades educacionais especiais, isto é, as conquistas alcançadas por estes sujeitos desde a antiguidade até a idade contemporânea.
Uma destas conquistas relatada, na idade contemporânea, é a valorização do homem, ele passa a ser o conteúdo central do questionamento desse período. Ele passa a ser pensado através das relações que mantém com outros homens na sociedade.
A reflexão primordial que fiz desta conquista foi a valorização da integração social, da inclusão de pessoas que até então eram esquecidas pela sociedade.
Nesta postagem fiz um relato de uma “inclusão” que se concretizou na turma que eu lecionava, inclusão de uma menina com limitações impostas pela deficiência visual.
Inclusão esta que, a meu ver, era uma solidariedade bem intencionada, porém com resultados negativos para o incluso. Pois, a escola não tinha recursos físicos e necessários para desenvolver as possibilidades de aprendizagens deste aluno.
É de conhecimento geral que casos similares ocorrem com freqüência em instituições educacionais regulares, porém como coloquei na postagem “[...] devemos repensar sobre a inclusão de portadores de necessidades especiais nestas instituições, isto é, os casos específicos, pois propiciar integração social de nada garante o desenvolvimento intelectual, o desenvolvimento das potencialidades desse indivíduo.”

26 outubro, 2010

EIXO V

No 5º semestre tivemos oportunidade de nos conhecermos um pouco mais, a interdisciplina responsável por isso foi a Psicologia da Vida Adulta. Durante este semestre trabalhamos com a aprendizagem na vida adulta a partir do referencial teórico piagetiano, cujo enfoque principal foi a educação de jovens e adultos.

Através das leituras sugeridas tivemos contato com as transformações que ocorrem na convivência do adulto, relacionamentos afetivos, trabalho e educação.
O envolvimento com os temas desta interdisciplina foi tão intenso que me proporcionou uma análise de atitudes minhas e de pessoas que convivem comigo ou que já conviveram...
Apesar de ter certa aversão pelo fórum, pois muitas falas eram ignoradas e davam inicio a outra, em fim, não tinha uma continuidade, nesta interdisciplina houve muitas descobertas que foram socializadas neste espaço. Uma das discussões proposta era sobre as 8 fases da vida adulta segundo Erik Erikson, foi muito produtiva, cada um se “encaixou” em uma das fases e ainda relatou os seus comportamentos, relevantes a tal fase.
Postagem no fórum, em 02/09/2008 20:55:58, em resposta a discussão da colega Solange.

Oi Solange, também estou na mesma fase que tu, estou com 41 anos, e apesar do meu filho estar com 20 anos(idade adulta jovem) eu me preocupo muito com ele, com seus estudos, com as baladas, etc. As vezes eu achava que isso não era normal, porém agora, conhecendo as 8 fases do Erik Erikson, dá para entender o meu comportamento e das demais mães que agem com eu. Estou achando muito interessante estudar essas fases, pois conforme nos apropriamos do conteúdo, inconscientemente fazemos relações com o comportamento de nossos filhos, mãe, irmãos, avós, etc.
Algo que me chamou muito a atenção diz respeito a generatividade, que é um comportamento da fase que estou. Realmente, percebo o quanto é importante pra mim gerar algo, participar de novas experiências, e isso nem sempre foi assim, não na mesma intensidade que agora.


Abração! Sueli

Acredito que esta interdisciplina possibilitou muitas trocas e descobertas para todos os colegas.

25 outubro, 2010

Eixo IV

Na postagem Espaço e Forma relato uma das tantas atividades que coloquei em prática com meus alunos, na interdisciplina de Representação do Mundo pela Matemática. Foi uma das atividades que proporcionou a integração da aprendizagem com a ludicidade.

Esta interdisciplina proporcionou uma metodologia interativa e problematizadora, pois tivemos oportunidade de colocar em prática muitas atividades no sentido de interagir com a intencionalidade de resolver problemas e ampliar o conhecimento.
Apesar de uma quantidade bem expressiva de atividades propostas, esta interdisciplina nos favoreceu a construção de conhecimentos referentes aos temas e conceitos da área.
A primeira atividade foi a construção de uma página do pbworks, para a publicação das criações e das reflexões da interdisciplina. Neste espaço publicamos atividades referentes a Classificação e Seriação, Números e Operações, além de Espaço e Forma.
Esta interdisciplina foi significativa por que quando aplicamos uma atividade com os alunos, seja ela em sala de aula ou no ambiente informatizado, temos uma visão diferente da que teríamos se apenas estudássemos a teoria. Esta experiência nos leva a refletir sobre os prós e contra e, concomitantemente a possíveis soluções de problemas.

20 outubro, 2010

Eixo IV

No 4º semestre tivemos a interdisciplina de Estudos sociais, no post relato alguns momentos significativos deste encontro. A partir do que vivenciamos nesta aula tivemos uma noção do que nos seria ofertado nesta interdisciplina.
Uma das aprendizagens significativa desta interdisciplina foi a eboração da linha do tempo, no Xtimeline. Aprendizagem significativa é aquela que adquirimos a competência para propagar este conhecimento.
Prática que testemunha esta aprendizagem foi o projeto de estágio, cuja temática foi Noções Temporais, que foi o enfoque temático II desta interdisciplina.
Ainda neste IV Eixo tivemos as interdisciplinas de Representação do Mundo pela Matemática e Representação do Mundo pelas Ciências Naturais.
Na postagem Sombras , relato a experiência que coloquei em prática com meus alunos, no módulo II de ciências, do ciclo da natureza. O objetivo desta experiência, projeções de sombras, era investigação e resolução de problemas por meio de tentativas, experimentações, tudo isso relacionado a luz, sombra, ausência de luz, entre outras concepções que os próprios alunos construíram durante o experimento.
A proposta do estudo das ciências foi trazer um enfoque onde compreender a natureza é compreender a si mesmo. E em cada observação que fazemos acrescentamos algo de novo em nós, ao mesmo tempo que modificamos aquilo que observamos.

12 outubro, 2010

Análise do Eixo III


A postagem Primeira etapa do planejamento de teatro é um relatório de uma das aulas que apliquei aos meus alunos, 4ª série, após uma das aulas presenciais de Teatro. Os alunos aprenderam muito com esta disciplina, eu mais ainda, pois até então eu pensava que para se fazer teatro era indispensável cenário e figurino. A partir das aulas de teatro percebi que o corpo e sentimento são peças fundamentais de uma dramatização.
Mas por falar em sentimentos, vivenciamos muitos sentimentos durante este segundo semestre de 2007, pois além do Seminário Integrador III , tivemos Artes Visuais ; Literatura Infanto-Juvenil e Aprendizagem ; Teatro e Educação; Ludicidade e Educação ; Musica na Escola , interdisciplinas que com certeza provocaram muitas mudanças no nosso “ser professor”.
Na postagem O 'Passo' relato uma experiência inesquecível, para mim e para os alunos, uma técnica denominada “O passo” , cuja base é a pulsação, um ritmo que podemos observar em nosso corpo, a partir desta pulsação começamos a produzir sons com palmas, pés e sons vocálicos. Enfim, esta foi uma experiência que nos possibilitou grandes aprendizagens.
Foram muitas emoções durante o semestre, realizamos a visita a Bienal, momento cultural compartilhado com colegas, tutores e professores.
Esta experiência foi tão significativa que resolvi levar meus alunos para vivenciar este momento. Na postagem Fazendo Arte faço um relato sobre esta visita e sobre os trabalhos dos alunos, que foram realizados a partir da obra de arte da artista magdalena Atria, que utilizou massinha de modelar para moldar grandes pinturas.
Na interdisciplina de Artes Visuais aprendi a ensinar os alunos a observar a arte com outros olhos, com olhos de quem vê o que quer envergar e não o que os outros dizem que vêem. Aprendi a ensinar os alunos a realizar releituras de formas diversificadas, seja ela com qualquer material disponibilizado. O importante é que o autor(aluno) tenha sensibilidade de observar uma obra e reproduzi-la de sua maneira.
Enfim, um semestre de muita interação, criatividade, emoção, aprendizagem e trabalho prazeroso.

11 outubro, 2010

Análise do Eixo II



Ano de 2007, segundo semestre do PEAD e ingresso de uma nova turma, os calouros, e claro...de minha colega Kathia, que mais adiante seria adotada por mim, para trocarmos idéias, conhecimentos, enfim, aprendemos e continuamos aprendendo uma com a outra.
Neste semestre além do Seminário, que integra as demais interdisciplinas, tivemos:
  • Desenvolvimento e Aprendizagem sob o enfoque da Psicologia I
  • Fundamentos de Alfabetização I
  • Escolarização Espaço e Tempo na Perspectiva Histórica
  • Infâncias de 0 a 10 anos
Durante este semestre fiz referencias a interdisciplina Seminário Integrador no meu Blog, inclusive ganhei vário “puxões de orelhas”, pois minhas postagens eram mínimas e as reflexões não tinham argumentações pontuais desta caminhada.
Após os “puxões de orelha” fiz uma postagem tipo desabafo, postagem escrita em 27/06/2007 que dizia a seguinte:
E aí galera, que pessão!! Pessoal, estou me referindo aos comentários que recebi, mas tudo bem eu realmente estava deixando de lado o meu bloguinho. Gostaria de compartilhar com vocês a minha caminhada, neste segundo semestre, estou conseguindo fazer as atividades em dia, apesar da “banda estreita”, porém o fórum é um espaço que pouco uso, pois acho complicado dar seqüência aos assuntos abordados. Quando iniciei o primeiro semestre me apresentei como “analfabeta da máquina” hoje me considero uma silábica alfabética, pois já aprendia a usar várias ferramentas, que antes para mim eram uns “monstrinhos”. Estou adorando essa oportunidade de descobertas e aprendizagens.

" O sucesso não ocorre por acaso
Deus nos da´o dom.
O mundo nos oferece a oportunidade
E assim, acontece o sucesso
( Valmor Vieira)

Analisando esta postagem e as demais, acho que os “puxões de orelhas” ainda foram pouco, pois, realmente elas eram muito empobrecidas, faltava conteúdo. Faltava refletir acerca das aprendizagens; descobertas; dificuldades e superações, segundo a proposta das postagens no Blog.
Neste semestre também tivemos uma Avaliação do Seminário Integrador, foi um verdadeiro “bixo papão”, inclusive escrevi uma postagem sobre a dificuldade que tive durante esta avaliação e também sobre a aprendizagem que tive vivenciando este momento.
Parte da postagem que evidencia minha aprendizagem, escrita em 20/08/2007:
“....Sei que para a maioria a avaliação foi barbada, pois os tópicos abordados eram os mesmos do inventário, porém eu sempre fico muito tensa, principalmente quando preciso fazer uma dissertação. Vou lembrar disso quando aplicar avaliação aos meus alunos!!”
Sei que ainda tenho muito que aprender, porém analisando esta caminhada percebo o quando já aprendi.
Obrigada a todos(as) que contribuíram para minha aprendizagem, professoras, tutoras e colegas.

Reflexão do Eixo I


No Eixo I do PEAD, além do Seminário Integrador I, tivemos as interdisciplinas Escola, Cultura e Sociedade Escola, Projeto Pedagógico Currículo e Educação e Tecnologias da Informação e Comunicação.
Uma das atividades marcante durante este Eixo foi a do escritor, entre outras ocupações, José de Sousa Saramago, que venho a falecer no dia 18 de junho de 2010. Nesta atividade a proposta era a leitura do texto O conto da Ilha Desconhecida e a partir desta leitura construir um texto respondendo as seguintes questões, “Quem sou eu, onde vivo e trabalho. Por que me tornei professor? Como vivencio hoje o ser professora/professor? Tenho ousadia para... Tenho medo de... Quero dialogar sobre...”
Esta atividade foi marcante devido a “polêmica” que surgiu na época por causa do estilo oral da escrita do Saramago, pois ele escreve da maneira que fala, usa pontuação de uma maneira não convencional, diálogo inseridos nos próprios parágrafos, enfim, uma forma de escrever bem diferenciada do que estávamos acostumados, chegando ao ponto de tornar a leitura difícil, acredito que se estivéssemos habituado com este estilo de leitura não encontraríamos tanta dificuldade.
Dando continuidade a esta atividade tínhamos que responder as questões citadas anteriormente, aí sentimos “na pele” o quanto é difícil falarmos de nós mesmos. Estávamos nos desafiando a conhecer uma ilha desconhecida, que era o PEAD e sendo questionados sobre detalhes da nossa escolha profissional e pessoal, o eu- professor ou professora e, o eu- família, tudo isso considerando que não vivemos numa ilha, isolados de tudo, ou seja estamos inseridos numa família, bairro, escola, cidade, país e num mundo.
Mas por que foi difícil falarmos de nós mesmo, porque não estamos acostumados, assim como não estamos acostumados a ler textos do estilo de Saramago. Falar de nós é sair de nós mesmo e nos olhar como se fossemos desconhecidos, porém não é fácil se abstrair de si mesmo.

"Dentro de nós há uma coisa que não tem nome, essa coisa é o que somos."
José Saramago

06 outubro, 2010

Retrospectiva 2006


O Eixo I do PEAD foi uma verdadeira “loucura”, confesso que realizei muitas tarefas solicitadas automaticamente, isto é, sem ter muita noção do rumo a seguir e sem ter noção, principalmente, de onde eu queria chegar. Para falar bem a verdade nem sei explicar o que ocorreu em minha cabeça no início desse curso, eram tantas informações, tantas aprendizagens, tantas emoções...
Para quem não vivenciou este momento é difícil de entender, porém tenho certeza que as colegas que ingressaram no curso PEAD em 2006 irão entender perfeitamente minha reflexão, pois nós éramos unidas na nossa “ignorância”, nós trabalhávamos mais presencialmente do que a distância. Íamos com freqüência no Pólo do curso, que na época se localizava na Escola Municipal Alfredo José Justo, no município de Alvorada. É claro que algumas colegas freqüentavam o Pólo devido ao fato de não ter um computador em casa, como o meu caso, porém minha freqüência se justifica também pela falta de conhecimento na área tecnológica e digital, mais especificamente com o computador.

Ao escrever esta reflexão fico imaginando o desespero das professoras e tutoras, na época, diante de tanta “ignorância” e de tanto temor que tínhamos diante da temida “máquina”, o computador. Quantas e quantas vezes ouvi tutoras acalmando colegas, e eu, com as seguintes frases, “Não te preocupe... não tenha medo de errar!”, ou “ Fica calma...ele não vai explodir”. Por aí dá para ter uma idéia da situação inicial deste grupo guerreiro que inaugurou o PEAD da UFRGS.
Nossa primeira atividade do Seminário Integrador I foi a criação do Blog e uma postagem, depois de tantas mudanças que fiz, sei lá por que motivo, acabei esquecendo o endereço dele e resolvi criar um novo blog.
Lembro como se fosse ontem, fui ao Pólo numa tarde e tive o auxílio da tutora Rosaura, que sempre estava disponível para nos auxiliar quando precisávamos. Neste dia ela me ajudou a resgatar algumas postagens do Blog, e logo então criei o meu atual Blog.
Apesar de tanta confusão, de minha parte, ficaram boas lembranças desta fase inicial, evidências disso são os 34 comentários de professores, tutoras e , a maioria deles solidários com o meu desespero, pois na minha apresentação me intitulei “analfabeta na máquina”.

Alguns comentários:


Oi Sueli, tudo jóia?
Eu conheço um pouquinho da máquina, mas às vezes parece que nunca tinha visto uma, pois tudo agora, pra mim, é novidade.
Sucesso na nossa caminhada.
Solange
Beijos.

Sueli, ultapassar a fase de analfabeta tecnológica ou digital trará muito mais gratificação do que o esforço empenhado.
Portanto, vale a pena trabalhar muito pois o resultado medido em sucesso é fantastiamente prazeroso
Um abraço
Bea


Oi Sueli
Esta conseguindo fazer as atividades, sabes que pode contar com o apoio para o que for necessário em relação ao desenvolvimento do curso.
Muito estudo, dedicação e sucesso!!
Conte sempre conosco para o que for necessário!
Mantenham contato!
A interação é a chave para o sucesso do ensino a distância!
beijos
Rosaura
Apesar de tudo, foram bons momentos que nos proporcionaram muitas aprendizagens e, refletir sobre parte dessa caminhada nos faz visualizar a dimensão dessa aprendizagem.

21 setembro, 2010

Aprender Brincando


O mês de setembro tem uma grande importância para o Rio Grande do Sul. Principalmente o dia 20 de setembro, pois é a data que é reverenciada a Revolução Farroupilha.

Nesta época surge um clima de clamor cívico, os gaúchos dão uma profunda demonstração de igualdade, integração do campo e da cidade e de respeito a sua história, reverenciando seus antecedentes, unindo gerações e etnias.
Na semana que antecede o dia 20 de setembro, os educadores conversam com os alunos sobre o significado desta data, este importante momento histórico que é a Revolução Farroupilha. Além disso, procuram fazer atividades lúdicas e cívicas, para que os alunos possam expressar e demonstrar o conhecimento referente à cultura e tradições do nosso Estado.
No dia 17/09, sexta-feira realizei com os alunos uma atividade lúdica que propiciou muito conhecimento para ambas as partes, realizamos uma Roda de Chimarrão em sala de aula.
Os alunos vestidos com trajes típicos, meninos e meninas pilchados, alguns com o traje completo, outros nem tanto, porém o mais importante era o espírito de confraternização que ocorreu durante este evento.
No primeiro momento fiz um levantamento dos conhecimentos prévios dos alunos sobre a Revolução Farroupilha e sobre as tradições do nosso povo. Cada aluno teve a oportunidade de compartilhar algumas vivencias de seus familiares, como por exemplo, o hábito de tomar chimarrão e comer churrasco aos domingos.
Estava presente a roda de chimarrão o avô de um alunos, que contribuiu muito com seus conhecimentos, os alunos gostaram muito dos “causos” contados por ele.
Depois da Roda de Chimarrão, era hora de cantar e dançar. Com acompanhamento do violão, que um dos alunos toca maravilhosamente bem, cantamos a música –Céu, Sol, Sul, entre outras que foram sugeridas. Logo depois alguns alunos dançaram Chula, e para finalizar a programação os alunos sugeriram a dança da vassoura, momento em que os meninos dançam com as meninas, sendo que um deles fica varrendo o “salão” e tira a prenda de um dos gaúchos que está dançando. Neste momento houve uma mistura de cultura, de um lado a música gaúcha, de outro uma dança típica das festas juninas. Os alunos se divertiram e aprenderam ao mesmo tempo.
" o mundo real, com os seus valores e descalabros só são assimilados pela criança através do lúdico inerente à brincadeira e o jogo" (Gildete Carvalho).
Segundo PIAGET, o desenvolvimento da criança acontece através do lúdico. Ela precisa brincar para crescer, precisa do jogo como forma de equilibração com o mundo.








05 setembro, 2010

Iniciando o TCC


Nem acredito, mas é hora de arregaçar as mangas e dar início ao TCC. Neste trabalho temos que demonstrar os conhecimentos adquiridos no curso, nesta longa caminhada de aprendizagens e trocas de conhecimentos.
Segundo Bea e Íris, é hora de começar escrever, e só se aprende a escrever escrevendo.
O primeiro encontro presencial com os orientadores do dia 01/09, foi muito esclarecedor, pois todos os integrantes do meu grupo colocaram suas dúvidas, o que foi muito importante, pois, as dúvidas eram parecidas, dessa forma todos foram beneficiados. As dúvidas eram diversas, tais como:

- O assunto está muito amplo?
- O TCC deve ser um estudo de caso?
- Os teóricos pesquisados devem ser os mesmos citados no Projeto de Estágio?
- O TCC precisa ter uma questão?
Entre outras.
Neste encontro tivemos nosso primeiro contato com a tutora Simone Gonzalez Gomes, que irá acompanhar junto com a professora Neusa o desenvolvimento do TCC.
Acredito que nesta aula ficou claro para as integrantes do grupo o caminho que cada uma quer seguir, pois todas saímos com as questões definidas e as dúvidas sanadas. Agora é dar início as pesquisas e começar a escrever.
Temos o compromisso de fechar com chave de ouro esta trajetória de muito esforço e determinação.
Bom trabalho para todos nós.

22 junho, 2010

FINAL DE ESTÁGIO

Para encerrar com maestria meu estágio, elaborei uma atividade no wiki dos alunos, que contemplasse a temática do projeto de estágio, Temporalidades, e também algumas das principais características da arquitetura pedagógica, que é a ancora do estágio. Entre estas características estão, levantamento do conhecimento prévio; investigação/ pesquisa; registros; autoria; interação/ debates; cooperação; tecnologias; etc.
A atividade proposta tem como finalidade o entrelaçamento de fatos históricos da vida do aluno com os fatos históricos do município onde ele vive. Parte desse trabalho foi colocado em prática em sala de aula, resultando nas linhas do tempo dos alunos, dessa forma eles já estavam realizando registros, de acordo com seus conhecimentos prévios e a partir de pesquisas junto aos familiares.
A etapa seguinte, que seria o ponto culminante, é o “casamento” da temática com a arquitetura pedagógica, ou seja, relacionar os fatos históricos dos alunos com os de seu município, no work da turma. Este processo é precedido de uma minuciosa pesquisa na internet, e de pesquisas com os familiares, ambas com o objetivo de levantar informações sobre fatos históricos de Porto Alegre, que coincidem com a mesma época dos acontecimentos significativos da vida dos alunos. Esta etapa foi realizada em dupla, pois é uma forma de se estabelecer a interação e cooperação entre os alunos, pois a aprendizagem depende de uma ação de mão dupla. Paulo Freire dizia que ninguém ensina nada a ninguém, mas as pessoas também não aprendem sozinhas. “Os homens se educam entre si mediados pelo mundo”.
Pesquisas e registros concluídos, agora é hora da autoavaliação, momento importante, cujo objetivo é levar o aluno a refletir sobre a sua aprendizagem e também sobre a eficácia da metodologia de ensino. A autoavaliação teve como roteiro algumas perguntas norteadoras para a formulação do texto, pois achei viável que este processo não seja realizado como questionário, porque acredito que isso iria limitar a espontaneidade da opinião dos alunos.
Para finalizar, realizamos um debate em sala de aula, para juntos identificar-mos quais os pontos têm de ser melhorados; sobre a possibilidade de pôr em prática as sugestões, ou seja, buscar soluções para não repetir os mesmos equívocos, e até mesmo, aperfeiçoar o que deu certo.

“Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão” – Paulo Freire

13 junho, 2010

Pedagogia Relacional

Segundo Paulo Freire (1989), “a leitura do mundo precede a leitura da palavra”, ou seja, a compreensão do texto se dá a partir de uma leitura crítica, percebendo a relação entre o texto e o contexto.

Pensando nas sábias palavras de Paulo Freire e no contexto histórico importantíssimo que estamos vivenciando, Copa do Mundo na África do Sul, dei início a algumas atividades sobre este tema.
Como a temática do meu projeto é Temporalidades, achei viável dar início a este trabalho com um questionamento, sobre as datas das Copas do Mundo anteriores e logo depois exploramos um texto cujo conteúdo é, o histórico de todos os campeonatos mundiais de futebol. A partir desse texto surgiram muitos questionamentos, descobertas, sugestões, incertezas e muitas idéias.
Está sendo muito produtivo explorar este evento mundial, que podemos classificar como “fenômeno social”, pois, além da motivação para o aprendizado que está proporcionando aos alunos, há uma teia de conhecimentos que podem ser explorados em todas as áreas do conhecimento. Podemos abordar questões históricas, sociais, econômicas, culturais, midiáticas, entre outras, ao trabalhar este tema.
Espero com este trabalho oportunizar meios para que os alunos adquiram conhecimentos diversificados.
Um educador comprometido com seu ofício deve ir em busca de competências e atitudes para desenvolver uma pedagogia relacional, criar e recriar situações de aprendizagem que sejam significativas para seus alunos.

01 junho, 2010

Avaliação

Estágio em ação, quase nos finalmente e as véspera de um TCC voltado para o que foi desenvolvido no estágio. Estágio inovador, com o uso das Tecnologias da Informação e da Comunicação, facilitadoras do incremento da criatividade e passaporte para o desenvolvimento da autonomia e cooperação.

Mas como conciliar toda essa inovação e estratégias diversificadas de ensino/aprendizagem com as obsoletas “provas”, que ainda são exigidas em algumas escolas.
Em época que os modelos de avaliação contínua ganham força nas escolas e nos livros de formação, aplicar prova tradicional pode parecer retrocesso, porém, em algumas escolas a prova ainda é um instrumento de avaliação exigido, é o meu caso, porém eu procuro avaliar o aluno no todo, nas tarefas de aulas; trabalhos em grupos; individual, seja ele escrito ou oral.
Cada aluno tem seu dossiê, registro diário; ou semanal que mostra os avanços e dificuldades de cada um, que serve, também, como instrumento de avaliação.
Procuro avaliar os alunos no que eles aprenderam, aquisição do conhecimento, para diagnosticar as falhas, tanto na transmissão, como na aquisição, para poder tomar decisões acerca da próxima etapa do processo.

24 maio, 2010

Autonomia

Sexta-feira, 21 de maio, foi realizado na minha escola o Chá das Mães, evento que ocorre todos os anos.

Durante o evento cada turma teria que fazer uma apresentação condizente com a comemoração.
Meus alunos sugeriram cantar uma música, achei viável e pedi que trouxessem sugestões. Porém, tratei de pesquisar algumas músicas, pois estávamos próximos ao dia do evento, dessa forma não disponibilizamos de muito tempo para ensaiar.
Escolhi a música, criei algumas coreografias, tudo estava determinado, pois achei que os alunos não trariam uma música adequada para o momento.
Tal qual foi minha surpresa, eles já tinham escolhido a música, já sabiam a letra de cor. Inclusive, dois de meus alunos, tinham até combinado de fazer o acompanhamento com instrumentos musicais. Fiquei encantada, pois além de estar vivenciando o desenvolvimento da autonomia e cooperação dos alunos, descobri que dois de meus alunos possuem uma inteligência musical incrível, pois foi com muita facilidade que eles adaptaram o som dos instrumentos ao ritmo a música proposta.
A música escolhida por eles, sertaneja, não faz parte do meu estilo musical, porém faz parte da cultura deles, dessa forma não me achei no direito de silenciar essa manifestação cultural.



13 maio, 2010

Apropriação das tecnologias

Em abril de 2008, foi inaugurado na minha escola o Laboratório de informática, equipado com 22 computadores.
Somente em 2009 o Laboratório estava disponível para os professores, pois houve o período de curso da Oficina Digital, destinado à 5 professores da escola, que são os multiplicadores do aprendizado.
Em 2008, quando eu soube que minha escola tinha sido uma das premiadas com a Oficina Digital, fiquei muito feliz, porém concomitante a essa felicidade surgiu a insegurança, pois eu teria que dar aula de informática.
Acredito que este sentimento, tenha sido da grande maioria de minhas colegas, inclusive até pouco tempo, algumas ainda se recusavam a levar seus alunos ao laboratório de informática, argumentando não saber o quê e como trabalhar com os alunos.
Diante de uma situação como esta, a inclusão dos computadores na educação, é importante que nós educadores reflitamos sobre essa nova realidade, repensando nossa prática e construindo novas formas de ação que nos permitam não só lidar com essa nova realidade, como também construí-la. E, para que isso aconteça, temos que ir para o laboratório de informática dar nossa aula e não deixar uma outra pessoa fazer isso por nós.
Particularmente, estou muito satisfeita com meu trabalho, junto aos alunos, na Oficina Digital, pois percebo que o computador esta auxiliando no processo de ensino e aprendizagem, despertando interesses na questão do conhecimento.
No estágio do PEAD, uma das ações que deveríamos colocar em prática é o uso das Tecnologias da Informação e da Comunicação como aliadas e facilitadoras do incremento da nossa criatividade. Dessa forma, abri um wiki para a turma onde eles realizam as atividades que fazem parte do projeto, além de postar suas descobertas e curiosidades.
O wiki da turma está muito interessante, além das atividades, têm vídeos, brincadeiras, desafios, espaços de trabalhos diferenciados; como o webnote; museu da pessoa, página para os alunos postarem suas curiosidades, enfim, está maravilhoso. Além disso, os alunos não tiveram dificuldades ao interagir com este novo espaço, ao contrário eles se familiarizaram rapidamente, afinal, eles fazem parte da geração Y, segundo alguns autores. Geração que desenvolveu-se numa época de grandes avanços tecnológicos, dessa forma não poderia ser diferente.
GOUVÊA “O professor será mais importante do que nunca, pois ele precisa se apropriar dessa tecnologia e introduzi-la na sala de aula, no seu dia-a-dia, da mesma forma que um professor, que um dia, introduziu o primeiro livro numa escola e teve de começar a lidar de modo diferente com o conhecimento – sem deixar as outras tecnologias de comunicação de lado. Continuaremos a ensinar e a aprender pela palavra, pelo gesto, pela emoção, pela afetividade, pelos textos lidos e escritos, pela televisão, mas agora também pelo computador, pela informação em tempo real, pela tela em camadas, em janelas que vão se aprofundando às nossas vistas...”

28 abril, 2010

Testando novas práticas


Nestas duas semanas de estágio estou testando novas práticas, os diálogos têm sido freqüentes, novos recursos didáticos práticos colocados em ação, as tecnologias estão sendo alternativas de aprendizagens, enfim estou ousando testar algo novo.

Quando me refiro ao diálogo freqüente, não me reporto as tradicionais explorações orais de texto literários; cujos livros didáticos do professor já trazem as respostas corretas, atribuo este conceito a um diálogo sem uma resposta padrão; sem a busca da certeza, como um caminho da infinitude, em suma, um diálogo que abre muitas portas, que por sua vez abrem outras e outras, cuja finalidade é a aprendizagem sem fronteiras.

Acredito que só o diálogo pode interagir e construir um mundo melhor e mais justo, que não se conforma com a reprodução e sim com a produção coletiva, crítica, política, consciente e reflexiva.

É na escola que o aluno aprende a valorizar e respeitar a opinião do outro, que o aluno se personaliza através da socialização.

A cada dia que passa, neste estágio, observo que há um avanço de socialização entre os alunos, pois eles escutam uns aos outros, valorizam as opiniões; mesmo que não seja referente ao assunto tratado. Porém, quando falo em valorizar as opiniões, não me refiro ao fato de concordar por concordar, mais sim, a valorização no sentido de também discordar; gerando uma discussão construtiva do conhecimento, de ambas as partes.

Além dos diálogos diferenciados, tenho colocado me prática alguns recursos didáticos, que almejam a aprendizagem dos alunos. Um dos exemplos é o calendário de varal, exposto na sala se aula, onde os alunos visualizam o dia de ontem; o de hoje e o de amanhã. Sendo que eles mesmos fazem as trocas das bandeirinhas, a cada dia que passa. Este calendário começa com uma série de apenas três dias e progressivamente vai aumentando, até chegar à semana completa.

Outro recurso didático bem prático, que eu mesma confeccionei, é o relógio de EVA. O que difere ele dos demais é a presença de números que indicam horas e os minutos. Na parte interna, estão os números que indicam as horas, já na parte externa estão os números que indicam os minutos.

Apesar de simples, estes recursos, eles são instrumentos de aprendizagem.

Para finalizar a postagem, falarei sobre o que acredito ser a minha maior ousadia, o uso das tecnologias da informação e da comunicação como aliada e facilitadoras do incremento da criatividade e aprendizagem dos alunos.

Abri um work para os alunos, onde serão realizadas as atividades relacionadas com o projeto, além disso, neste espaço os alunos registrarão suas descobertas e curiosidades, sobre os assuntos abordados.

No primeiro contato com o work, os alunos conheceram o espaço e suas ferramentas, como editar; tamanho e cor de fonte, salvar, visitar páginas dos outros grupos, deixar recados para seus colegas, etc.

Pretendo proporcionar no work, um espaço onde a opinião do aluno seja valorizada, onde ele tenha prazer em produzir algo de sua autoria, onde ele construa a sua própria aprendizagem.

Acredito que eu tenha muito o que aprender com essa relação didático-pedagógicas com as novas tecnologias, pois é um novo caminho que estou trilhando e que exige um novo olhar sobre a aprendizagem, uma nova forma de “ensinar”.

21 abril, 2010

MUDANDO PARADIGMAS


"(...) ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção"(Freire (1996, p.52).
Inicio minha reflexão com estas palavras de Paulo Freire, por acreditar e vivenciar isso a cada dia que passa no estágio.
Na primeira semana falamos e realizamos atividades sobre alguma dimensões do tema Tempo e, em todas as áreas que o tema foi abordado houve uma grande preocupação em relacioná-lo com o cotidiano dos alunos.
Um fato que me chamou atenção foi quando desafiei os alunos a resolver problemas que não estavam, diretamente, relacionados com o seu cotidiano. Enquanto alguns alunos relacionaram de imediato o problema com seus conhecimentos preexistentes; conseguindo dessa forma chegar ao resultado, outros não chegavam a lugar algum, pois não entenderam a proposta da questão. Neste último caso minha intervenção foi a de instigar estes alunos a relacionar o problema proposto com alguma situação do seu cotidiano.
Estas observações, só reforçam o que eu já acreditava, que a aprendizagem se dá quando é possível estabelecer uma relação entre os conhecimentos preexistentes e a nova informação que lhe é apresentada. Ou seja, a aprendizagem deve ser trabalhada de forma que os alunos estabeleçam uma relação entre os conhecimentos adquiridos, na vida cotidiana e o conhecimento científico apresentado neste contexto.
Durante a primeira semana de estágio houve muito diálogo, entre eu e os alunos; entre eles mesmos e também, entre eles e seus familiares. Esta interação teve um papel fundamental para a prendizagem, pois para os alunos trocar idéias sobre o seu cotidiano e, também do seu passado, é muito significativo, diríamos que é a concretude do conhecimento, a representação de um objeto pelo pensamento.
Apesar de ter incluído no meu projeto alguns conteúdos curriculares, procurei dar mais ênfase para a temática do projeto, com reflexões dos alunos; questionamentos e trocas de saberes, pois acredito que não basta uma boa explicação usando o quadro; o retroprojetor; as novas tecnologias, fazendo uso desses recursos para desenvolver a atenção e a memória através da repetição.
Acredito que os questionamentos, que para alguns professores são desnecessários, não são perda de tempo, ao contrário, é uma forma de proporcionar aos alunos a elaboração de conceitos que nada mais é que a síntese do conhecimento que o aluno construiu, a formulação da idéia do aluno.
Os conteúdos não devem ser trabalhados como um fim em si mesmo, mas como meio.
É grande a minha satisfação de saber que estou no caminho certo, porém sei que não é fácil, pois nesta nova proposta precisamos mudar de atitude, mudar de postura. Além disso, temos uma tradição empirista e tecnicista que foi base na nossa trajetória escolar e também em parte de nossa formação profissional. Mudar de postura exige um grande esforço, precisamos nos vigiar a todo instante para não cairmos em vícios ainda que dentro de uma estrutura nova e com recursos novos ao nosso dispor.

12 abril, 2010

Educação



Ao realizar meu planejamento semanal lembrei do fragmento do texto: “Planejamento: em busca de caminhos” - RODRIGUES, Maria Bernadette Castro.

O texto aborda aspectos referentes a ação pedagógica,  que devem estar sustentadas por pressupostos teóricos que explicitem concepções.
Posso afirmar que meu trabalho se embasa em concepções teóricas, pois depois de tantas pesquisas e, consequentemente, contribuições importantes de pedagogos da área da educação, não tenho como não seguir uma linha de pensamento que irá nortear minha prática pedagógica.
Mas não serei demagoga em afirmar que na prática dá tudo certo, pois sabemos que cada realidade difere uma da outra e, que atualmente os problemas disciplinares, enfrentados pelos professores, estão cada vez mais tomando espaço em nossas aulas.
A maioria dos pais estão “desnorteados”, já não sabem o que fazer, dessa forma está sob nossa responsabilidade a educação primordial dos alunos, que constitui os valores morais que passam de pai para filho; através da criação.
Assim como nós, educadores, que nos adequamos a uma linha de pensamento, pois nos identificamos com esse pensar, para proporcionar uma educação de qualidade aos nossos alunos os pais precisam urgentemente repensar a sua forma de educar.
Devido a realidade das famílias cujos pais passam pouco tempo com os filhos a educação oferecida muitas vezes é repleta de proteção excessiva, cuja conseqüência é a falta de limites. Isso irá refletir em sala de aula, pois nesse espaço eles já não serão o centro das atenções e não saberão lidar com as frustrações.
Os pais necessitam de um referencial, um norte, porém antes de qualquer coisa eles precisam observar sua própria postura uma vez que a criança aprende pelo modelo do adulto, e as atitudes valem mais que palavras.
É claro que, a questão da postura e atitude também serve para nós educadores, pois segundo Paulo Freire, “Ensinar exige a corporeificação das palavras pelo exemplo.”

06 abril, 2010

Pontapé inicial

Devido ao novo sistema operacional que foi implantado no início dessa semana, na oficina digital de minha escola, o LINUX, ainda não usei o computador como uma ferramenta de aprendizagem com meus alunos, pois primeiro preciso me familiarizar com este novo sistema para poder orientá-los da melhor forma possível, ou seja, aprender mais para ensinar melhor.
Mas, apesar dessa mudança, já dei o pontapé inicial na minha arquitetura; em sala de aula, cuja temática é Noções Temporais.
Apesar da complexidade dessa temática, acredito que as noções de temporalidade são aprendizagens necessárias para a compreensão da história nos anos iniciais do Ensino Fundamental.
Pretendo trabalhar a temporalidade de forma a entrelaçar a história individual dos alunos com a história do município em que vivem.  Dessa forma os alunos irão localizar tempos e lugares de proveniência de antepassados da sua família e também de sua cidade, além disso, organizarão linha do tempo com acontecimentos significativos em nível municipal, cotejando com a história de familiares: pais, avós, bisavós, tataravós, tios.
No processo desse trabalho os alunos irão se valer de várias fontes, como jornais, livros, internet,  depoimentos, documentos familiares, fotos, etc., e processualmente a compreensão de tempo histórico vai sendo construído, pois criarei situações didáticas com a intencionalidade dos alunos criarem hipóteses sobre o que consideram antigo, velho, passado recente, passado remoto, período histórico, além da  interação com o que já se convencionou a respeito do tempo ao longo da história, como anos, décadas, séculos, milênios, períodos, eras...
O objetivo dessa temática é que os alunos compreendam o tempo em suas seguintes dimensões: o tempo físico (localizar-se no tempo, situar fatos de sua vida cotidiana, interpretar linha do tempo, trabalhar com as medidas de quantificação do tempo - dias, meses, anos e séculos) e o tempo histórico ou social (análise dos contextos de épocas, perceber o tempo como diferente de outros tempos ou época, compreender que o tempo é fruto da construção social, de determinantes históricos que a cada momento as sociedades humanas imprimem à época em que vivem, perceber que num mesmo período cronológico; podem existir diferentes tempos históricos).

03 abril, 2010

Aprender Mais para Ensinar Melhor

O papel do professor vem passando por grandes mudanças, em função da revolução tecnológica. Além de ensinar os conteúdos do currículo, nós professores, precisamos ajudar nossos alunos a compreender e dar sentido ao volume de informações com que somos bombardeados diariamente. Educar cidadãos capazes de construir sua própria visão de mundo e realizar um projeto de vida autônomo numa sociedade cada vez mais complexa é, hoje, um grande desafio para a escola.
Para dar conta desse desafio, nós professores precisamos não apenas acompanhar os fatos da atualidade, mas possuir conhecimentos científicos e linguísticos que nos permita analisar, interpretar e criticar a vida social e o mundo físico.
Para pôr em prática minha Arquitetura Pedagógica, realizei alguns estudos, um deles foi a retomada da interdisciplina REPRESENTAÇÃO DO MUNDO PELOS ESTUDOS SOCIAIS, que teve como um dos enfoques temáticos  Tempo e Espaço, estudo das noções de tempo e espaço que são fundamentais para a prendizagem da área dos Estudos Sociais.
Porém, além dessa área, pretendo trabalhar a questão da temporalidade de forma interdisciplinar, os conhecimentos da temporalidade em suas várias dimensões: o tempo físico - localizar-se no tempo, situar fatos de sua vida cotidiana, interpretar linha do tempo - e o tempo histórico ou social - análise dos contextos de épocas, perceber o tempo como diferente de outros tempos ou época, compreender que o tempo é fruto da construção social, de determinantes históricos que a cada momento as sociedades humanas imprimem à época em que vivem, perceber que num mesmo período cronológico; podem existir diferentes tempos históricos.Que o aluno possa entender o tempo como uma dimensão contínua, que passa sem cessar, e que, abrange momentos sobre o qual os homens inscrevem suas diferentes trajetórias, fruto se suas relações sociais.

27 março, 2010

Estágio



     É inacreditável, mas estamos no último ano do curso, iremos iniciar com o estágio e concluiremos com o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC).

     O estágio é um grande desafio, não pelo fato de ser supervisionado, pois como as profª Iris e Bea falaram não se trata de verificar se damos conta da regência de aula sala de aula, mas a nossa audácia de testar novas práticas utilizando as Tecnologias da Informação e da Comunicação como aliadas e facilitadoras do incremento da nossa criatividade.
     No seminário VII elaboramos em grupo uma arquitetura, sem obrigatoriedade de colocá-la em prática, só que agora é chegado o momento de elaborar uma arquitetura e por esta proposta em ação.
    A turma que irei estagiar é uma turma maravilhosa, no geral são calmos, curiosos, interessados, responsáveis, participativos, dessa forma acredito que não terei grandes problemas para colocar em prática a arquitetura que eu eleger como disparadora do meu estágio.

20 março, 2010

workschop de avaliação


Dia 16 de dezembro de 2009 realizamos o workschop, momento destinado a apresentação do portfólio de cada integrante do PEAD, eixo VII.
As apresentações foram tranquilas, o que refletiu o crescimento do grupo.
Em minha apresentação fiz um breve relato das interdisciplinas do eixo em forma de mapa conceitual dando enface as mais significativas na minha aprendizagem.
No final da apresentação dos slides, relatei as aprendizagens do semestre e a orientadora Darlize de Mello
fez algumas observações, momento este que algumas colegas do grupo também participaram relatando de forma resumida suas experiências, que de algumas forma eram similares as minhas.
Meu grupo era composto pelas seguintes colegas:

  • ROSEANE MACHADO DA SILVEIRA
  • ROSELANA RODRIGUES DA SILVA
  • SANDRA BARTIKOSKI DA ROCHA
  • SELVA LUZIA DE MORAES VIEIRA
  • SOLANGE MOLINA SENTINGER
  • TATIANA ROSMARY GOMES
  • TATIANI ROLAND SZELEST
  • ZINARA BIRNFELD MISTRELLO
Final de semestre...é uma grande satisfação pessoal saber que parte da minha meta foi cumprida com êxito.
Obrigada a todos que contribuiram, de algumas forma, nessa minha caminhada.