24 maio, 2010

Autonomia

Sexta-feira, 21 de maio, foi realizado na minha escola o Chá das Mães, evento que ocorre todos os anos.

Durante o evento cada turma teria que fazer uma apresentação condizente com a comemoração.
Meus alunos sugeriram cantar uma música, achei viável e pedi que trouxessem sugestões. Porém, tratei de pesquisar algumas músicas, pois estávamos próximos ao dia do evento, dessa forma não disponibilizamos de muito tempo para ensaiar.
Escolhi a música, criei algumas coreografias, tudo estava determinado, pois achei que os alunos não trariam uma música adequada para o momento.
Tal qual foi minha surpresa, eles já tinham escolhido a música, já sabiam a letra de cor. Inclusive, dois de meus alunos, tinham até combinado de fazer o acompanhamento com instrumentos musicais. Fiquei encantada, pois além de estar vivenciando o desenvolvimento da autonomia e cooperação dos alunos, descobri que dois de meus alunos possuem uma inteligência musical incrível, pois foi com muita facilidade que eles adaptaram o som dos instrumentos ao ritmo a música proposta.
A música escolhida por eles, sertaneja, não faz parte do meu estilo musical, porém faz parte da cultura deles, dessa forma não me achei no direito de silenciar essa manifestação cultural.



13 maio, 2010

Apropriação das tecnologias

Em abril de 2008, foi inaugurado na minha escola o Laboratório de informática, equipado com 22 computadores.
Somente em 2009 o Laboratório estava disponível para os professores, pois houve o período de curso da Oficina Digital, destinado à 5 professores da escola, que são os multiplicadores do aprendizado.
Em 2008, quando eu soube que minha escola tinha sido uma das premiadas com a Oficina Digital, fiquei muito feliz, porém concomitante a essa felicidade surgiu a insegurança, pois eu teria que dar aula de informática.
Acredito que este sentimento, tenha sido da grande maioria de minhas colegas, inclusive até pouco tempo, algumas ainda se recusavam a levar seus alunos ao laboratório de informática, argumentando não saber o quê e como trabalhar com os alunos.
Diante de uma situação como esta, a inclusão dos computadores na educação, é importante que nós educadores reflitamos sobre essa nova realidade, repensando nossa prática e construindo novas formas de ação que nos permitam não só lidar com essa nova realidade, como também construí-la. E, para que isso aconteça, temos que ir para o laboratório de informática dar nossa aula e não deixar uma outra pessoa fazer isso por nós.
Particularmente, estou muito satisfeita com meu trabalho, junto aos alunos, na Oficina Digital, pois percebo que o computador esta auxiliando no processo de ensino e aprendizagem, despertando interesses na questão do conhecimento.
No estágio do PEAD, uma das ações que deveríamos colocar em prática é o uso das Tecnologias da Informação e da Comunicação como aliadas e facilitadoras do incremento da nossa criatividade. Dessa forma, abri um wiki para a turma onde eles realizam as atividades que fazem parte do projeto, além de postar suas descobertas e curiosidades.
O wiki da turma está muito interessante, além das atividades, têm vídeos, brincadeiras, desafios, espaços de trabalhos diferenciados; como o webnote; museu da pessoa, página para os alunos postarem suas curiosidades, enfim, está maravilhoso. Além disso, os alunos não tiveram dificuldades ao interagir com este novo espaço, ao contrário eles se familiarizaram rapidamente, afinal, eles fazem parte da geração Y, segundo alguns autores. Geração que desenvolveu-se numa época de grandes avanços tecnológicos, dessa forma não poderia ser diferente.
GOUVÊA “O professor será mais importante do que nunca, pois ele precisa se apropriar dessa tecnologia e introduzi-la na sala de aula, no seu dia-a-dia, da mesma forma que um professor, que um dia, introduziu o primeiro livro numa escola e teve de começar a lidar de modo diferente com o conhecimento – sem deixar as outras tecnologias de comunicação de lado. Continuaremos a ensinar e a aprender pela palavra, pelo gesto, pela emoção, pela afetividade, pelos textos lidos e escritos, pela televisão, mas agora também pelo computador, pela informação em tempo real, pela tela em camadas, em janelas que vão se aprofundando às nossas vistas...”