28 abril, 2010

Testando novas práticas


Nestas duas semanas de estágio estou testando novas práticas, os diálogos têm sido freqüentes, novos recursos didáticos práticos colocados em ação, as tecnologias estão sendo alternativas de aprendizagens, enfim estou ousando testar algo novo.

Quando me refiro ao diálogo freqüente, não me reporto as tradicionais explorações orais de texto literários; cujos livros didáticos do professor já trazem as respostas corretas, atribuo este conceito a um diálogo sem uma resposta padrão; sem a busca da certeza, como um caminho da infinitude, em suma, um diálogo que abre muitas portas, que por sua vez abrem outras e outras, cuja finalidade é a aprendizagem sem fronteiras.

Acredito que só o diálogo pode interagir e construir um mundo melhor e mais justo, que não se conforma com a reprodução e sim com a produção coletiva, crítica, política, consciente e reflexiva.

É na escola que o aluno aprende a valorizar e respeitar a opinião do outro, que o aluno se personaliza através da socialização.

A cada dia que passa, neste estágio, observo que há um avanço de socialização entre os alunos, pois eles escutam uns aos outros, valorizam as opiniões; mesmo que não seja referente ao assunto tratado. Porém, quando falo em valorizar as opiniões, não me refiro ao fato de concordar por concordar, mais sim, a valorização no sentido de também discordar; gerando uma discussão construtiva do conhecimento, de ambas as partes.

Além dos diálogos diferenciados, tenho colocado me prática alguns recursos didáticos, que almejam a aprendizagem dos alunos. Um dos exemplos é o calendário de varal, exposto na sala se aula, onde os alunos visualizam o dia de ontem; o de hoje e o de amanhã. Sendo que eles mesmos fazem as trocas das bandeirinhas, a cada dia que passa. Este calendário começa com uma série de apenas três dias e progressivamente vai aumentando, até chegar à semana completa.

Outro recurso didático bem prático, que eu mesma confeccionei, é o relógio de EVA. O que difere ele dos demais é a presença de números que indicam horas e os minutos. Na parte interna, estão os números que indicam as horas, já na parte externa estão os números que indicam os minutos.

Apesar de simples, estes recursos, eles são instrumentos de aprendizagem.

Para finalizar a postagem, falarei sobre o que acredito ser a minha maior ousadia, o uso das tecnologias da informação e da comunicação como aliada e facilitadoras do incremento da criatividade e aprendizagem dos alunos.

Abri um work para os alunos, onde serão realizadas as atividades relacionadas com o projeto, além disso, neste espaço os alunos registrarão suas descobertas e curiosidades, sobre os assuntos abordados.

No primeiro contato com o work, os alunos conheceram o espaço e suas ferramentas, como editar; tamanho e cor de fonte, salvar, visitar páginas dos outros grupos, deixar recados para seus colegas, etc.

Pretendo proporcionar no work, um espaço onde a opinião do aluno seja valorizada, onde ele tenha prazer em produzir algo de sua autoria, onde ele construa a sua própria aprendizagem.

Acredito que eu tenha muito o que aprender com essa relação didático-pedagógicas com as novas tecnologias, pois é um novo caminho que estou trilhando e que exige um novo olhar sobre a aprendizagem, uma nova forma de “ensinar”.

21 abril, 2010

MUDANDO PARADIGMAS


"(...) ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção"(Freire (1996, p.52).
Inicio minha reflexão com estas palavras de Paulo Freire, por acreditar e vivenciar isso a cada dia que passa no estágio.
Na primeira semana falamos e realizamos atividades sobre alguma dimensões do tema Tempo e, em todas as áreas que o tema foi abordado houve uma grande preocupação em relacioná-lo com o cotidiano dos alunos.
Um fato que me chamou atenção foi quando desafiei os alunos a resolver problemas que não estavam, diretamente, relacionados com o seu cotidiano. Enquanto alguns alunos relacionaram de imediato o problema com seus conhecimentos preexistentes; conseguindo dessa forma chegar ao resultado, outros não chegavam a lugar algum, pois não entenderam a proposta da questão. Neste último caso minha intervenção foi a de instigar estes alunos a relacionar o problema proposto com alguma situação do seu cotidiano.
Estas observações, só reforçam o que eu já acreditava, que a aprendizagem se dá quando é possível estabelecer uma relação entre os conhecimentos preexistentes e a nova informação que lhe é apresentada. Ou seja, a aprendizagem deve ser trabalhada de forma que os alunos estabeleçam uma relação entre os conhecimentos adquiridos, na vida cotidiana e o conhecimento científico apresentado neste contexto.
Durante a primeira semana de estágio houve muito diálogo, entre eu e os alunos; entre eles mesmos e também, entre eles e seus familiares. Esta interação teve um papel fundamental para a prendizagem, pois para os alunos trocar idéias sobre o seu cotidiano e, também do seu passado, é muito significativo, diríamos que é a concretude do conhecimento, a representação de um objeto pelo pensamento.
Apesar de ter incluído no meu projeto alguns conteúdos curriculares, procurei dar mais ênfase para a temática do projeto, com reflexões dos alunos; questionamentos e trocas de saberes, pois acredito que não basta uma boa explicação usando o quadro; o retroprojetor; as novas tecnologias, fazendo uso desses recursos para desenvolver a atenção e a memória através da repetição.
Acredito que os questionamentos, que para alguns professores são desnecessários, não são perda de tempo, ao contrário, é uma forma de proporcionar aos alunos a elaboração de conceitos que nada mais é que a síntese do conhecimento que o aluno construiu, a formulação da idéia do aluno.
Os conteúdos não devem ser trabalhados como um fim em si mesmo, mas como meio.
É grande a minha satisfação de saber que estou no caminho certo, porém sei que não é fácil, pois nesta nova proposta precisamos mudar de atitude, mudar de postura. Além disso, temos uma tradição empirista e tecnicista que foi base na nossa trajetória escolar e também em parte de nossa formação profissional. Mudar de postura exige um grande esforço, precisamos nos vigiar a todo instante para não cairmos em vícios ainda que dentro de uma estrutura nova e com recursos novos ao nosso dispor.

12 abril, 2010

Educação



Ao realizar meu planejamento semanal lembrei do fragmento do texto: “Planejamento: em busca de caminhos” - RODRIGUES, Maria Bernadette Castro.

O texto aborda aspectos referentes a ação pedagógica,  que devem estar sustentadas por pressupostos teóricos que explicitem concepções.
Posso afirmar que meu trabalho se embasa em concepções teóricas, pois depois de tantas pesquisas e, consequentemente, contribuições importantes de pedagogos da área da educação, não tenho como não seguir uma linha de pensamento que irá nortear minha prática pedagógica.
Mas não serei demagoga em afirmar que na prática dá tudo certo, pois sabemos que cada realidade difere uma da outra e, que atualmente os problemas disciplinares, enfrentados pelos professores, estão cada vez mais tomando espaço em nossas aulas.
A maioria dos pais estão “desnorteados”, já não sabem o que fazer, dessa forma está sob nossa responsabilidade a educação primordial dos alunos, que constitui os valores morais que passam de pai para filho; através da criação.
Assim como nós, educadores, que nos adequamos a uma linha de pensamento, pois nos identificamos com esse pensar, para proporcionar uma educação de qualidade aos nossos alunos os pais precisam urgentemente repensar a sua forma de educar.
Devido a realidade das famílias cujos pais passam pouco tempo com os filhos a educação oferecida muitas vezes é repleta de proteção excessiva, cuja conseqüência é a falta de limites. Isso irá refletir em sala de aula, pois nesse espaço eles já não serão o centro das atenções e não saberão lidar com as frustrações.
Os pais necessitam de um referencial, um norte, porém antes de qualquer coisa eles precisam observar sua própria postura uma vez que a criança aprende pelo modelo do adulto, e as atitudes valem mais que palavras.
É claro que, a questão da postura e atitude também serve para nós educadores, pois segundo Paulo Freire, “Ensinar exige a corporeificação das palavras pelo exemplo.”

06 abril, 2010

Pontapé inicial

Devido ao novo sistema operacional que foi implantado no início dessa semana, na oficina digital de minha escola, o LINUX, ainda não usei o computador como uma ferramenta de aprendizagem com meus alunos, pois primeiro preciso me familiarizar com este novo sistema para poder orientá-los da melhor forma possível, ou seja, aprender mais para ensinar melhor.
Mas, apesar dessa mudança, já dei o pontapé inicial na minha arquitetura; em sala de aula, cuja temática é Noções Temporais.
Apesar da complexidade dessa temática, acredito que as noções de temporalidade são aprendizagens necessárias para a compreensão da história nos anos iniciais do Ensino Fundamental.
Pretendo trabalhar a temporalidade de forma a entrelaçar a história individual dos alunos com a história do município em que vivem.  Dessa forma os alunos irão localizar tempos e lugares de proveniência de antepassados da sua família e também de sua cidade, além disso, organizarão linha do tempo com acontecimentos significativos em nível municipal, cotejando com a história de familiares: pais, avós, bisavós, tataravós, tios.
No processo desse trabalho os alunos irão se valer de várias fontes, como jornais, livros, internet,  depoimentos, documentos familiares, fotos, etc., e processualmente a compreensão de tempo histórico vai sendo construído, pois criarei situações didáticas com a intencionalidade dos alunos criarem hipóteses sobre o que consideram antigo, velho, passado recente, passado remoto, período histórico, além da  interação com o que já se convencionou a respeito do tempo ao longo da história, como anos, décadas, séculos, milênios, períodos, eras...
O objetivo dessa temática é que os alunos compreendam o tempo em suas seguintes dimensões: o tempo físico (localizar-se no tempo, situar fatos de sua vida cotidiana, interpretar linha do tempo, trabalhar com as medidas de quantificação do tempo - dias, meses, anos e séculos) e o tempo histórico ou social (análise dos contextos de épocas, perceber o tempo como diferente de outros tempos ou época, compreender que o tempo é fruto da construção social, de determinantes históricos que a cada momento as sociedades humanas imprimem à época em que vivem, perceber que num mesmo período cronológico; podem existir diferentes tempos históricos).

03 abril, 2010

Aprender Mais para Ensinar Melhor

O papel do professor vem passando por grandes mudanças, em função da revolução tecnológica. Além de ensinar os conteúdos do currículo, nós professores, precisamos ajudar nossos alunos a compreender e dar sentido ao volume de informações com que somos bombardeados diariamente. Educar cidadãos capazes de construir sua própria visão de mundo e realizar um projeto de vida autônomo numa sociedade cada vez mais complexa é, hoje, um grande desafio para a escola.
Para dar conta desse desafio, nós professores precisamos não apenas acompanhar os fatos da atualidade, mas possuir conhecimentos científicos e linguísticos que nos permita analisar, interpretar e criticar a vida social e o mundo físico.
Para pôr em prática minha Arquitetura Pedagógica, realizei alguns estudos, um deles foi a retomada da interdisciplina REPRESENTAÇÃO DO MUNDO PELOS ESTUDOS SOCIAIS, que teve como um dos enfoques temáticos  Tempo e Espaço, estudo das noções de tempo e espaço que são fundamentais para a prendizagem da área dos Estudos Sociais.
Porém, além dessa área, pretendo trabalhar a questão da temporalidade de forma interdisciplinar, os conhecimentos da temporalidade em suas várias dimensões: o tempo físico - localizar-se no tempo, situar fatos de sua vida cotidiana, interpretar linha do tempo - e o tempo histórico ou social - análise dos contextos de épocas, perceber o tempo como diferente de outros tempos ou época, compreender que o tempo é fruto da construção social, de determinantes históricos que a cada momento as sociedades humanas imprimem à época em que vivem, perceber que num mesmo período cronológico; podem existir diferentes tempos históricos.Que o aluno possa entender o tempo como uma dimensão contínua, que passa sem cessar, e que, abrange momentos sobre o qual os homens inscrevem suas diferentes trajetórias, fruto se suas relações sociais.