30 novembro, 2010

Eixo VIII

"Nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia."

Lulu Santos / Nelson Motta



Esta foi a frase de abertura do pbworks do Seminário integrador VIII, do PEAD/UFRGS, frase que resume em poucas palavras as expectativas de todos nós, alunos e professores. Que, na reta final de um curso repleto de aprendizagens é chegado o momento de por em prática o que aprendemos, é o estágio e suas vinculações com o aprendizado no curso.
Neste semestre desenvolvemos o Estágio Curricular Supervisionado, momento culminante do curso, com uma proposta inovadora de colocarmos em prática as arquiteturas pedagógicas.
E não podia ser diferente, pois este é um curso a distância, o primeiro curso participante do Programa de Formação Inicial para Professores em Exercício no Ensino Fundamental e no Ensino Médio. Curso que nos proporcionou o uso de diferentes tecnologias, computador; internet; máquina digital; vídeo; blogs, wikis, etc.
O diferencial do Projeto de Estágio foi a inclusão da Arquitetura Pedagógica, almejando a busca de alternativas diferentes para solucionar problemas e facilitar o incremento da criatividade docente.

Eixo VII

NARRATIVAS

No módulo 3 da interdisciplina de Linguagem e educação, nos foi solicitado uma análise de uma narrativa gravada ou transcrita, de uma criança ou um adulto em fase inicial de escolarização. Realizei esta atividade com meu sobrinho de 4 anos de idade, apesar da narrativa ser uma ficção, em alguns momentos ela se misturava com a realidade.

Durante este eixo, esta atividade foi muito significativa em termos de aprendizagem, pois nos proporcionou uma visão diferente das narrativas das crianças. Nos fez verificar que para as crianças é comum “misturar” ficção e experiências vividas e que este recurso deve ser encarado como um dos elementos importantes para o desenvolvimento cognitivo e afetivo dos pequenos.
Para minha prática pedagógica esta experiência foi muito válida, pois a partir de então comecei a analisar de forma diferente as narrativas dos alunos e refletir sobre as intervenções necessárias, como por exemplo, o “jogo de contar”, situação de aprendizagem que envolve um diálogo entre o narrador (aluno) e o interlocutor (professor).
A narrativa infantil é um evento de grande riqueza de informações, pois é uma forma de expressar os sentimentos elaborados por eles, basta que nós educadores tenhamos a competência para realizar esta análise.
"A criança brinca com sua realidade, extravasando-a para experimentar outros papéis e situações", diz Gilka Girardello, professora do Centro de Educação da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

21 novembro, 2010

LIBRAS


No eixo VII, tivemos a interdisciplina Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS, e tivemos oportunidade de conhecer algumas características das comunidades surdas. Comunidades que possuem cultura própria, que abrange e língua; as idéias; as crenças; os costumes e os hábitos, fatos que muitas pessoas ainda ignoram.

Foi muito significativo ter acesso a algumas informações sobre esta comunidade, que muitas pessoas ainda atribuem denominações inadequadas, como deficiente auditivo, surdo ou surdo mudo. Para esta comunidade, o fato de uma pessoa ser surda não significa que ela seja muda. Para eles o deficiente auditivo não participa de Associação e não sabe LIBRAS, e que é na posse desta língua que o sujeito surdo constrói a identidade surda, já que ele não é sujeito ouvinte.
Aprendemos algumas técnicas para estabelecer uma boa comunicação com uma pessoa surda, mesmo sem ter conhecimento da Língua Brasileira de Sinais, como por exemplo, conversar com o surdo olhando em seus olhos, chamar sua atenção através de um leve toque no ombro ou no braço dela, entre outras.
Em fim, aprendemos a respeitar e valorizar uma cultura de uma comunidade que possui sua linguagem própria, seus valores, regras de comportamento e tradições.
Como educadores temos que se apropriar de conhecimentos que nos auxiliem a entender os educandos que recebemos, seja ele de qualquer cultura, raça, gênero e credo. E principalmente fomentar atitudes de não-discriminação entre os alunos.

Seminário Integrador VII

Na aula presencial do Seminário Integrador do Eixo VII, do PEAD, fomos desafiados a investigar algumas situações, como por exemplo, a partir de alguns elementos de um lixo inorgânico, teríamos que descobrir o sujeito que o gerou. Ou, a partir de uma planta de uma casa, teríamos que cogitar a quantidade possível de moradores, e mais, a partir de uma determinada quantidade em dinheiro teríamos que mobiliar esta casa. Em fim, foram duas propostas que nos desafiaram a criar hipóteses, buscar evidências e argumentar.

Baseados em nossas evidências e nas experiências, elaboramos algumas teorias, as nossas concepções ingênuas, em fim tentamos estruturar o que estava a nossa disposição, seja o lixo ou a planta da casa.
Para confrontar nossas idéias ingênuas participamos do fórum, onde nossas concepções foram discutidas e com a leitura de alguns textos disponibilizados, nossas idéias foram desequilibradas (no sentido piagetiano). Sendo assim, passamos a duvidar de nossas idéias pré-concebidas abrindo espaço para a escuta real e para uma nova reconstrução.
Concluindo, tivemos a oportunidade de aprender como ensinar a valorizar os conhecimentos prévios dos alunos para dar andamento a uma possível mudança conceitual.

08 novembro, 2010

Eixo VI

Na interdisciplina de Educação de Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais do VI Eixo do PEAD, fizemos uma breve análise histórica da educação especial. A LDBEN 1996 e a inclusão dos alunos com necessidades educacionais no ensino regular. Os avanços na legislação brasileira e as dificuldades estruturais no contexto do ensino no país. Conceitos e princípios pedagógicos da educação inclusiva: principais conceitos; a identificação do aluno com necessidades especiais; o processo de ensino-aprendizagem com alunos com necessidades especiais; as adaptações curriculares de pequeno e grande porte; avaliação, progressão e terminalidade escolar; a inserção no trabalho.

Numa das postagens do Blog, intitulada EDUCAÇÃO ESPECIAL , faço uma síntese do texto História, Deficiência e Educação Especial, de Arlete Aparecida Bertoldo Miranda, onde a autora relata a trajetória das pessoas portadoras de necessidades educacionais especiais, isto é, as conquistas alcançadas por estes sujeitos desde a antiguidade até a idade contemporânea.
Uma destas conquistas relatada, na idade contemporânea, é a valorização do homem, ele passa a ser o conteúdo central do questionamento desse período. Ele passa a ser pensado através das relações que mantém com outros homens na sociedade.
A reflexão primordial que fiz desta conquista foi a valorização da integração social, da inclusão de pessoas que até então eram esquecidas pela sociedade.
Nesta postagem fiz um relato de uma “inclusão” que se concretizou na turma que eu lecionava, inclusão de uma menina com limitações impostas pela deficiência visual.
Inclusão esta que, a meu ver, era uma solidariedade bem intencionada, porém com resultados negativos para o incluso. Pois, a escola não tinha recursos físicos e necessários para desenvolver as possibilidades de aprendizagens deste aluno.
É de conhecimento geral que casos similares ocorrem com freqüência em instituições educacionais regulares, porém como coloquei na postagem “[...] devemos repensar sobre a inclusão de portadores de necessidades especiais nestas instituições, isto é, os casos específicos, pois propiciar integração social de nada garante o desenvolvimento intelectual, o desenvolvimento das potencialidades desse indivíduo.”