18 outubro, 2009

CURRÍCULO INTEGRADO


     O enfoque temático 2, da interdisciplinar de Didática , Planejamento e Avaliação, cuja temática é Currículo Integrado, tínhamos como objetivo identificar as influências dos modos de produção nos sistemas educacionais; compreender as origens das propostas do currículo integrado e exercitar o planejamento de uma atividade interdisciplinar.

     Neste enfoque discutimos os obstáculos da excessiva fragmentação do conhecimento disciplinar, além de pensarmos em possíveis alternativas a isso, entre elas o currículo integrado.
     De acordo com o texto As Origens da Modalidade de Currículo Integrado, de Santomé (1998), cada modelo de produção e distribuição requer pessoas com determinadas capacidades, conhecimentos, habilidades e valores; e sobre isto os sistemas educacionais têm muito a dizer.
    Segundo o autor, a instituição escolar sempre teve como objetivo preparar a juventude para incorporar-se e assumir as regras do jogo de um modelo de sociedade, de produção e relações de trabalho, traindo assim a sua principal razão de ser, que é preparar cidadãos para compreender, julgar e intervir em sua comunidade, de uma forma responsável, justa, solidária e democrática.
     A política de fragmentação da produção, taylorista e fordista, reforçava os sistemas piramidais e hierárquicos de autoridades, privava a classe trabalhadora de sua capacidade de decisão sobre o próprio processo de trabalho, sobre o produto, as condições e o ambiente de trabalho.     
     Perde-se, portanto, com a divisão do trabalho, a visão global do próprio trabalho e de sua importância social, o que se reflete na escola, com a criação das especializações que levam, fatalmente, à perda da visão global da educação e suas implicações com o contexto social mais amplo.
     Diante das crises dos modelos de produção taylorista e fordista e o surgimento de um novo modelo de gestão empresarial com base no toyotismo, que traz para a escola uma nova modalidade de gestão que adota a flexibilidade e importa a “qualidade total”. As novas necessidades educacionais impostas por este novo modelo de gestão e alta competitividade ocasionada pelos novos processos produtivos com base na flexibilização, é o responsável pelas políticas educacionais atuais, cuja ênfase se volta para o conhecimento, para habilidades e competências como condição de qualificação do novo trabalhador. Porém, sabemos que esta realidade está bem distante dos sistemas escolares, que continuam ensinando um saber de forma fragmentada.

3 comentários:

Beatriz disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Beatriz disse...

E o que podes fazer para não trabalhar com o conheicmento fragmentado? Vais esperar que os sistemas mudem? Quem é o sistema educacional? Qual nosso papel?
Sueli, foi muito interessante ler teus dois post. Pena que seja tão pouco!! Com certeza, deixastes um gosto de quero mais!! Outubro ainda não acabou e quem sabe tu explores mais que 4 postagens? Eu, como leitora adoraria.
Um abração
Bea

Iris disse...

Olá, Sueli

Não esquece que é fundamental referir a fonte do que estás citando, como a Unirevista da Unisinos, por exemplo.
Abra@os, Iris