19 junho, 2009

Desenvolvimento moral

No livro "O Julgamento Moral da Criança", Piaget discorreu sobre a importância sobre a importância da moralidade da autonomia. Autonomia significa ser governado por si próprio. É o contrário de heteronomia, que significa ser governado por outrem. Sobre a autonomia moral, Piaget afirma que, para pessoas autônomas, as mentiras são ruins, independentemente do fato da pessoas serem descobertas ou não. Em condições ideais a criança torna-se progressivamente mais autônoma à medida em que cresce e , ao tornar-se mais autônoma, torna-se menos heterônoma. Ou seja, à medida que a criança torna-se apta a governar-se, ela é menos governada por outras pessoas. De acordo com Piaget, são raros os adultos verdadeiramente morais. Esta observação pode ser confirmada em nossa vida diária. os jormais estão cheios de histórias sobre corrupção no governo e sobre roubos, assaltos e assasinatos. Sobre o que é que permite que algumas crianças se tornem adultos moralmente autônomos, a resposta de Piaget é de que, os adultos reforçam a heteronomia natural das crianças quando usam recompensas e castigos, estimulam o desevolvimento da autonomia quando intercabiam pontos de vista com as crianças. A essência da autonomia é que as crianças tornem-se aptas a tomar decisões por si mesmas. Mas a autonomia não a mesma coisa que a liberdade completa. a autonomia significa levar em consideração os fatos relevantes para decidir agir da melhor forma para todos. Conforme Piaget, não pode haver moralidade quando se considera apenas a próprio ponto de vista. Quando uma pessoas leva em consideração os pontos de vista das outras, não está mais livre para mentir, quebrar promessas e ser leviano. De acordo com Piaget, as crianças adquirem valores morais não por internalizá-los ou absorvê-los de fora, mas por construí-los interiormente, através da interação com o meio ambiente. Segundo Piaget, a autonomia com finalidade da educação implica uma nova conceituação de objetivos. E há uma enorme diferença entre uma resposta correta produzida autonomamente com convicção pessoal e uma produzida heteronomamente por obediência. Da mesma forma que há uma enorme diferença entre um "bom" comportamento escolhido autonomamente e um "bom" comportamento realizado através da conformidade cega. Piaget afirma que, ao enfocar a autonomia da criança, podemos bem animar o desenvolvimento das crianças com velhos valores, tais como a amor pelo estudo e auto-disciplina. As crianças respeitam asa regras que elas fazem para si próprias. Elas também trabalham com mais empenho para atingir metas que elas colocam para elas mesmas. A autonomia como finalidade da educação é, num certo sentido, uma nova idéia que revolucionará a educação.

09 junho, 2009

Os índios no Brasil

De acordo com as Nações Unidas, de 1986, a definição dos povos indígenas, são aqueles que, contando com uma continuidade histórica das sociedades anteriores à invasão e à colonização que foi desenvolvida em seus territórios, consideram a si mesmos distintos de outros setores da sociedade, e estão decididos a conservar, a desenvolver e a transmitir às gerações futuras seus territórios ancestrais e sua identidade étnica. De acordo com os próprios indígenas as autodefinições são:
  • Continuidade histórica com sociedade pré-colonial.
  • Estreita vinculação com o território.
  • Sistemas sociais, econômicos e políticos bem definidos.
  • Língua, cultura e crença definidas.
  • Identificar-se como diferente da sociedade nacional.
  • Vinculação ou articulação com a rede global dos povos indígenas.
Segundo dados do IBGE, hoje a população está reduzida a pouco mais de 700.000 índios em todo o Brasil, estes índios contabilizados são os índios reconhecidos oficialmente, os residentes nas cidades ou em terras indígenas ainda não demarcadas ou reconhecidas, porém estão fora desses dados os denominados “índios isolados”, ou índios ainda em via de reafirmação étnica após anos de dominação e repressão cultural. De acordo com os dados da FUNASA, essa população indígena está dispersa por todos o território brasileiro, sendo que na região Norte concentra-se o maior contingente populacional indígena. Os povos indígenas brasileiros de hoje são sobreviventes e resistentes da história de colonização européia, estão em franca recuperação do orgulho, da auto-estima identitária e buscam consolidar um espaço digno na história e na vida multicultural do país. Devido aos sentidos pejorativos da denominação indígenas, resultado de todo processo histórico e de discriminação e preconceito contra os povos nativos na região, como, por exemplo, ser sem cultura, sem civilização, incapaz, selvagem, preguiçoso, traiçoeiro, romântico, etc, os povos indígenas brasileiros concluíram que era importante manter, aceitar e promover a denominação genérica de índio ou indígena, como uma identidade que une, articula, visibiliza e fortalece todos os povos originários do atual território brasileiro, principalmente para demarcar fronteiras étnicas e identitária entre eles. Então de pejorativo, a denominação, passou a uma marca identitária capaz de unir povos historicamente distintos e rivais na luta por direitos e interesses comuns. É notório que, enquanto a denominação índio ou indígena era negada pelos povos indígenas por ser pejorativa e desqualificadora, as identidades étnicas particulares também eram negadas ou reprimidas. Após 500 anos de massacre, escravidão, dominação e repressão cultural, hoje, os povos indígenas, respiram um ar menos repressivo, o suficiente para que eles possam reiniciar e retomar seus projetos sociais étnicos e identitários. Culturas e tradições estão sendo resgatadas, revalorizadas e revividas. Terras tradicionais estão sendo reivindicadas, reapropriadas ou reocupadas pelos verdadeiros donos originários. Línguas vêm sendo reaprendidas e praticadas na aldeia, na escola e nas cidades. Rituais e cerimônias tradicionais há muito tempo não praticadas estão voltando a fazer parte da vida cotidiana dos povos indígenas nas aldeias ou nas grandes cidades brasileiras. Apesar disso, o povo indígena tem o desejo de fazer parte da modernidade, não abdicando suas origens, suas tradições e modos de vida próprios, mas por intermédio de uma interação consciente com outra culturas que leve à valorização de si mesmo. Apesar de todas as conquistas que, de alguma forma contribuem para a recuperação do orgulho étnico e a reafirmação da identidade indígena, ainda existem preconceitos contra os índios, muitos deles provenientes da cultura diferente desse povo, esses preconceitos servem, como justificativa para a discriminação e extinção dos índios. O professor deve ser o mediador promovendo ações que valorizem as diferentes etnias e culturas. Ele deve propiciar aprendizagem para que os alunos repudiem todo e qualquer tipo de discriminação, seja ela baseada em diferenças de cultura, raça, classe social, nacionalidade, entre outras tantas.

06 junho, 2009

Educação após Auschwitz


Auschwitz, foi o maior campo de concentração estabelecido pelo regime nazista. Nele havia campos onde os prisioneiros eram distribuídos para fazer trabalho forçado por longo tempo, e um deles também funcionou como campo de extermínio.
Auschwitz é incomparável a qualquer barbárie anterior registrada na história da humanidade, então se pergunta: como o ser humano foi capaz de fazer isso?
O que aconteceu em Auschwitz mudou as noções de barbárie que a humanidade conheceu ao longo da história e mostrou, objetivamente, do que o ser humano é capaz.
De acordo com o texto “Educação após Auschwitz”, o processo educacional deveria ter como objetivo principal o trato a esse problema para poder esclarecer e criar condições para que todos saibam como e por que a barbárie Auschwitz aconteceu e quais as condições poderiam fazer com que ela voltasse a ocorrer. Conforme Adorno, a sociedade em geral e educação em partícula não têm dado atenção ao tema como deveriam. Na sua opinião esse é um problema a ser pensado por que afeta o presente e precisa ser tratado como uma análise do próprio presente, como uma análise das condições de produção da barbárie e de sua reprodução.
Desse modo, a educação deveria ser guiada pelo não esquecimento de que alguma coisa terrível aconteceu a pode voltar acontecer se não for tratada como um problema presente. Essa é a função da educação: relembrar o passado, formar o presente, para prevenir o futuro.