03 junho, 2008

Sombras

No módulo II,de ciências, do ciclo da natureza, a proposta era trabalhar a atividade como uma investigação, em que os alunos resolvessem problemas, de fazer com que os recortes de formas diferentes produzissem sombras iguais.
No primeiro momento os alunos tiveram contato com os recortes, fizeram experimentações, trocaram idéias, surgiram diversas sugestões, como por exemplo, afasta mais(da luz); aproxima um pouco; dá uma enclinadinha; afasta uma(figura) e aproxima a outra; enfim surgiram várias combinações possíveis para obter sombras cujas projeções fossem as desejadas.
Li o artigo "AS ATIVIDADES DE CONHECIMENTO FÍSICO:UM EXEMPLO RELATIVO À SOMBRA", de Maria Elisa resende Gonçalves e Anna Maria Pessoa de Carvalho, e conforme Piaget "... Criança aproximadamente 8 anos unem à previsão correta da orientação da sombra uma explicação análoga à das etapas anteriores. Apesar de explicarem que a sombra é produzida pela falta de luz, persiste o substancialismo, na medida em que a sombra continua a ser concebida como uma emanação, que foge da presença da luz e, por isso, é obrigada a se orientar do lado oposto à fonte luminosa. Uma quarta categoria inclui crianças de aproximadamente 9 anos, que fazem previsões e explicações corretas. Elas negam a possibilidade de os objetos terem sombra à noite, na ausência de luz. A sombra não é mais concebida como uma substância perseguida pela luz, mas ela se toma simplesmente sinônimo de ausência de luz."
Quando li este artigo, prontamente relacionei parte do conteúdo dele com as hipóteses que os alunos criaram, pois algun estão na faixa etária de 9 anos e na opinião deles a sombra é a ausência de luz.
E conforme Feher e Rice, ainda desse mesmo artigo, "Uma idéia muito freqüente encontrada é a de que a sombra pertence ao objeto. Os alunos falam sua , nossa sombra ou sombra dele , sempre em termos possessivos. Não há nada de errado em se referir à sombra dos objetos, dizendo: sombra da árvore, sombra da casa, etc. O que os estudos sobre a noção de sombra nos mostram é que esta forma de expressão traduz em certos casos, a idéia de que a sombra pertence ao objeto, e sua formação só dele depende."
Quando li nesse artigo que, a hipótese da criança de que a sombra é sempre o reflexo ou o retrato do objeto, daí então que tive o entendimento do porquê das figuras diferentes das sombras, ou seja, por que solicitar que os alunos produzissem sombras diferentes das figuras.

2 comentários:

ROSAURA KARST disse...

Oi
Sueli
Parabéns pelo teu blog têm várias reflexões sobre as interdisciplinas e também link sobre assuntos pertinentes ao contexto.
Beijos
Rosaura.

Beatriz disse...

Oi Su, notastes que para eles claro e escuro é dia e noite? Algumas perguntas podem desafiar:
Podemos ter escuro de dia? Podemos ter sombras de noite? Por que será que é bom dormir no escuro?
Dá um belo trabalho, pois a noite serve para dormirmos porque o hormônio do crescimento trabalha bastante nesse momento. Na última veja tem uma boa reportagem.
Um abração
Bea