11 janeiro, 2007

ATIVIDADE - 1

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL PEDAGOGIA A DISTÂNCIA ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTA ATIVIDADE - 1 LEITURA: JOSÉ SARAMAGO - O CONTO DA ILHA DESCONHECIDA JOSÉ SARAMAGO De origem portuguesa, nasceu na aldeia ribatejana, no dia 16 de novembro de1922, embora o registro oficial mencione o dia 18. Fez estudos secundá¡rios que não pode continuar por dificuldades economicas. Seu primeiro emprego foi serralheiro mecânico, tendo depois exercido diversas outras profissões. Publicou o seu primeiro livro,um romance ("Terra do Pecado"), em 1947 que foi publicado em 1966. Em 1972 e 1973 fez parte da redação do jornal "Diário de Lisboa" onde foi comentador polí­tico, tendo também coordenado, durante alguns meses, o suplemento cultural daquele vespertino. Pertenceu á primeira Direção da Associação Portuguesa de Escritores. Entre abril e novembro de 1975 foi diretor-adjunto do "Diário de Notí­cias". Desde 1976 vive exclusivamente do seu trabalho literário. José de Souza Saramago começou a obter notoriedade em 1982, com 60 anos, com a publicação de Memorial do Convento. Foi autor principalmente de romances, mas também tem obras de poesia,ensaios e peças de teatro. Durante toda a vida defendeu as cores do Partido Comunista Portuguesa. Hoje, Saramago mora em Lanzarote, nas ilhas Canárias, mas mantém um apartamento em Lisboa sua musa inspiradora. Uma de suas obras mais conhecidas, O Ano da Morte de Ricardo Reis, transcorre em Lisboa em 1936, em plena ditadura, numa "atmosfera de realidade habitualmente evocada". Entre os personagens estão o poeta Fernando Pessoa. A consagração de Saramago veio com a conquista do Prémio Nobel de Literatura de 1998. Até os seus 20 e tantos anos, voltava a Azinhaga pelo menos uma vez ao ano. E quando chegava 'a aldeia, a primeira coisa que fazia era tirar os sapatos. E a última coisa que fazia, antes de regressar a Lisboa, era calça-los. Os sapatos, e a ausência deles, se tornaram um sí­mbolo muito forte. Não se intrressava por fantasias, mas pelo que ocorria. Sua imaginação está sempre a serviço da razão. Seus livros se caracterizam por uma imaginação forte, mas sempre usada de forma racional. "A imaginação é o ponto de partida, mas o caminho a partir daí­ pertence 'a razão". O fenômeno religioso sempre lhe interessou muito. Nunca viveu o dilema entre ser crente e não ser crente. Mas, como fenômeno histórico, a religião não poderia deixar de lhe interessar . Ainda muito moço gostava de repetir uma idéia que não foi muito normal que os adolescentes tenham: a de que aquilo que tiver que ser dele, ás suas mãos há de chegar. Saramago é conhecido por utilizar frases e períodos compridos, usando a pontuação de uma maneira não convencional ( aparentemente incorreta aos olhos da maioria ). Os diálogos das personagens são inseridos nos próprios parágrafos que antecedem, de forma que não existem travessões nos seus livros: este tipo de marcação das falas propicia uma forte sensação de fluxo de ausência, a ponto do leitor chegar a confundir-se se um certo diálogo foi real ou apenas um pensamento. Muitas das "sentenças" ocupam mais de uma página, usando ví­rgulas onde a maioria dos escritores usavam pontos finais. Da mesma, muitos dos seus parágrafos ocuparam capítulos inteiros de autores. Apesar disso o seu estilo não torna a leitura difí­cil, os seus leitores habituam-se facilmente ao seu rítimo próprio. Estas caracteristicas tornam o estilo Saramago o único na literatura comtemporânea: Foi considerado por muitos críticos um mestre no tratamento da lí­ngua portuguesa. A carreira de Saramago tem sido acompanhado de diversas polêmicas. As suas opiniões pessoais sobre religião ou sobre a luta internacional contra o terrorismo são discutidos e algumas resultam mesmo em acusazação de diversos quadrantes.Logo após a atribuição do Prémio Nobel, o Vaticano repudiara a atribuição de honraria a um "comunista inveterado". Ao contrário de outros autores lusitanos, Saramago exige que seus livros sejam publicados no Brasil exatamente como saí­ram em Portugal, sem concessão destinadas a facilitar o entendimento do leitor brasileiro.

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