12 janeiro, 2007

ATIVIDADE 13

UNIVERSIDAEDE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL PEDAGOGIA A DISTÂNCIA ANOS INICIAL DO ENSINO FUNDAMENTAL INTERDISCIPLINA: ESCOLA PROJETO PEDAGOGICO E CURRÍCULO PROFESSORA: MARIA MARTHA DALPRÀZ ALUNA: SUELI FONSECA DOS SANTOS ATIVIDADE: 13 O CURRÍCULO COMO ORGANIZAÇÃO DAS PRÁTICAS DA ESCOLA E DOS PROFESSORES E COMO ORIENTADOR DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO A didática e o currículo têm objetos de investigação coincidentes, isto é, abarcam a mesma problemática e os mesmos campos de atuação prática. A didática e o currículo ora se sobrepõe ora se complementam numa espécie de divisão de tarefas. O currículo (o que ensinar) está subordinado a didática (como ensinar), ou seja, o currículo transforma-se numa projeção da didática, isto é, parte integrante dela. CURRÍCULO Existem várias definições de currículo, as mais conhecidas alternam-se na ênfase ou no aprender ou no ensinar, ou nos conteúdos ou nas habilidades para viver na sociedade. Exemplos de definições de currículo: Bobbit (1920) ? Definiu currículo como um conjunto de habilidades que os alunos deveriam aprender para viver na sociedade. Taba (1974) ? Deixa claro que o currículo inclui não apenas a seleção e a organização de objetivos e conteúdos, mas também estratégias metodológicas e as prescrições de avaliação. Johnson (1980) ? Tem uma posição diferente, dentro da orientação ?tecnicista?, sobre a relação entre currículo e ensino. Ele estabelece diferença entre o termo e o outro...?Currículo refere-se ao que se pretende que os alunos aprendam e não ao que se pretendem que eles façam?. Stenhouse ? Definiu currículo como. ?Uma tentativa para comunicar os princípios e traços essenciais de um propósito educativo, de forma tal que permaneça aberto á discussão crítica e passa ser trasladado efetivamente à prática?. Gimeno Sacristán (1989) ? É o projeto seletivo de cultura, cultural, social, político e administrativamente condicionado, que a alimenta a atividade escolar, e que se faz realidade dentro das condições da escola tal como se encontra configurada. Para haver uma reestruturação do ensino o currículo deve ser um processo vivenciado pelos professores e alunos. Pensar, planejar e desenvolver o currículo escolar, na perspectiva da construção da cidadania. A tendência que foi ganhando mais destaque foi a sociologia crítica do currículo, que passa a desenvolver um corpo de idéias inteiramente distintas daquelas convencionais anteriormente mencionadas. Tudo parece inverter-se, as categorias ganham outros significados. Vendo essa tendência d fora, fica-se com a sensação de que se construí muito mais uma sociologia de currículo do que uma teoria crítica do currículo para uso dos professores, como propunham, por exemplo, Stenhouse ou Gimeno Sacristán, que assumiam o currículo como um conceito integrador da teoria e da prática educativa e principalmente de inovação e mudança educativa. DIDÁTICA É comum apresentar a didática tradicional como interessada nos meios e a didática moderna no processo de aprender. Entretanto a mudança mais visível na orientação teórica dos estudos em didática é a superação do seu interior caráter meramente prescritivo e técnico quando assume, como seu objetivo de investigação, os processos de condução ou orientação da aprendizagem, embora sem abrir mão do componente normativo. A aproximação mais direta entre didática e formação de professores, baseada na prática crítico-reflexiva, realça tipos de investigação que buscam saber como os professores aprendem a ensinar no seu cotidiano de sala de aula e como podem ser ajudados a refletir sobre a sua prática e construir sua identidade de profissional. PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Como foi colocado no texto de Ana Maria Ribeiro Filipouki, redigir um projeto pedagógico, nos termos orientados pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de 1996, não é tarefa fácil. Não há modelos prontos que possam servir como referência. São incipientes as práticas que favorecem a discussão coletiva e a elaboração de projetos comuns. Raros são os tempos e espaços instituídos na escola para este exercício. A redação do documento decorre de um processo que embora já executado em todas as escolas em âmbito nacional, por força de determinação legal, ainda não adquiriu consistência. No entanto, boa parte desses documentos demonstra as dificuldades vivenciadas para a concretização de um desenho de futuro. Provavelmente preocupada com o cumprimento de prazos, sempre exíguos quando pressupõem a construção de uma prática não ensaiada anteriormente, a maioria das escolas optou por um alinhamento geral que acabou por tomar os documentos muito similares, quase cópias uns dos outros. Em conseqüência, perderam a individualidade, originaram um produto pasteurizado que acabou por não concretizar o maior mérito e grande benefício de um projeto pedagógico: o de possibilitar o esboço d uma identidade própria e de uma forma autônoma de conduzi-la. Esta é a realidade da maioria das escolas públicas, que seja por falta de tempo ou por falta de interesse, por parte da direção da própria escola, elas acabam usando o mesmo dos anos anteriores. AVALIAÇÃO A avaliação tem se mostrado como uma das tarefas mais complexas e, por isso mesmo, menos bem assumidas no processo educativo escolar. Ao mesmo tempo, ela se constitui em uma das grandes inquietações dos professores. No contexto de uma educação marcadamente conservadora, a avaliação atua como instrumento de sujeição às normas e valores dominantes, desenhando-se, portanto, de modo coerente com o arbitrário que marca as escolhas de conteúdo de ensino e com o teor reprodutivo que caracterizam os modos de ensinar. ?Cobra-se? do aluno aquilo que, se pretende, tenha ele aprendido, dele se espera a devolução ou aplicação mecânica dos ?saberes?, mediante exercício repetitivos, rotineiros, que quase nada têm a ver com o pensar ou com o construir idéias e conhecimento. Também coerente com tal modelo educativo, a avaliação classifica, rotula e discrimina os alunos, cumprindo a tarefa de controlar e enquadrar os indivíduos de modo a não modificar o equilíbrio social desejado. Nesse modelo conservador, a avaliação é ?... um instrumento disciplinar não só das condutas cognitivas como também das sociais? como afirma Luckes (1986 p.49).

1 comentário:

pedagodata disse...

muito obrigada Sueli por este blog, respondeu a minha pergunta sobre qual a diferença entre curriculo e projeto político pedagogico. continue escrevendo você é muito boa nisso.
Ângela Ap. aluna de pedagogia da FacSumare-Tatuapé.